De acordo com uma pesquisa feita pelo site hotéis.com, 82% dos brasileiros pretendem viajar com animais de estimação. No entanto, trata-se de uma atividade que sempre gera preocupação nos tutore. Enquanto alguns recorrem a hotéis especializados ou pedem ajuda para vizinhos e familiares para cuidar durante a ausência, há quem prefira levar o animal. Apesar de poder ser uma boa alternativa para quem não quer lidar com a saudade por muito tempo, levá-lo requer uma série de cuidados especiais.
Segundo Leonardo de Rago, veterinário e professor no Centro Universitário Newton Paiva, a principal recomendação é verificar como está a saúde do cão ou gato. "É importante levá-lo a um médico veterinário de confiança antes de realizar a viagem. Além da verificação do cartão vacinal e realização do controle de parasitas, o profissional poderá passar recomendações específicas para cada caso, como a possibilidade de utilizar medicamentos para enjoos, por exemplo", explica.
No caso de viagens terrestres, é importante zelar tanto pelo bem-estar do animal quanto pela segurança dos passageiros. Deixá-lo solto dentro do carro pode ocasionar acidentes, além de ser uma infração de trânsito. "É importante providenciar uma caixa de transporte específica para a espécie, com entradas de ar e tamanho suficiente para o bicho conseguir girar dentro dela", explica Leonardo, que também recomenda a utilização de cintos de segurança exclusivos para pets.
O professor chama atenção também para a possibilidade de o animal fugir ou se perder durante o passeio. Para minimizar estes riscos, é importante que ele esteja devidamente identificado com coleiras que contam com nome do pet e telefone do tutor. Atualmente existem até versões com microchips, que contam ferramentas de busca.
Paradas
Ficar horas na mesma posição dentro de um carro pode ser desconfortável e exaustivo. No caso dos bichos, não é diferente. De acordo com Rago, eles precisam até de mais paradas do que os seres humanos em viagens. "O ideal é parar a cada duas horas, e deve-se retirar o animal do transporte e permitir que ele ande com a coleira, recomponha energias e faça suas necessidades fisiológicas ".
O especialista ressalta ainda a necessidade de cuidados especiais com determinadas raças, como é o caso dos cães braquicefálicos. Por terem o focinho mais achatado e terem mais dificuldade em aspirar o ar, os cães de raças como Pug, Shih-tzu, Lhasa Apso, Bulldog francês necessitam de paradas a cada uma hora e meia, no mínimo.