A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou que estuda transformar a Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto, a cadeia de Vila Branca, em um Centro de Progressão Penitenciária (CPP) masculino, para presos do regime semiaberto. O motivo da mudança é o fato de a penitenciária feminina operar hoje com a capacidade ociosa: das 405 vagas que o local oferta, apenas 117 estão ocupadas.
A medida é vista com preocupação pelo Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Prisional de São Paulo (SIFUSPESP), que entende que a medida trará problemas de segurança para a população local. “A possível mudança gera uma situação de risco para funcionários e moradores, visto que a unidade prisional se encontra em uma área densamente povoada e não dispõe de boa estrutura de segurança. Trazer um CPP masculino para o local atrairia também a ação dos ‘ninjas’, criminosos que arremessam drogas, celulares e todo tipo de material ilícito para dentro da unidade”, alerta o presidente do sindicato, Fábio Jabá.
Representantes do Sifuspesp se reúnem com representantes da Prefeitura de Ribeirão Preto
Segundo o Sindicato, a insegurança seria agravada, ainda, pela falta de funcionários e estrutura de segurança, que tornam os CPPs um dos tipos de unidades mais inseguros para o trabalho dos policiais penais. “Entendemos que a unidade está ociosa, mas é preciso discutir com a população local, as demais forças policiais e as autoridades municipais uma solução adequada a todos”, afirma Jabá.
A possibilidade de mudança foi descoberta pelo sindicato após a escolha de 50 policiais penais masculinos para ocupar vagas na unidade. A SAP foi procurada pelo Sindicato, mas não respondeu aos questionamentos. A confirmação de que a mudança é estudada foi dada à imprensa local por meio de nota enviada pela SAP.
Fábio Jabá conversa com servidores da Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto