18/09/2023 às 05h00min - Atualizada em 18/09/2023 às 05h00min

Quem pode solicitar o acréscimo de 25% no valor da aposentadoria do INSS?

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Por Julia Florim - advogada

A dúvida é recorrente, pessoas com graves enfermidades são rotineiramente convidadas a comparecerem ao INSS para se sujeitar a temida perícia de avaliação de incapacidade temporária.

Muitas vezes ficam anos recebendo o benefício de auxílio incapacidade temporária e após um longo período de tempo são convocadas para a perícia na autarquia previdenciária.

Nesse momento é possivel que o benefício por incapacidade temporária seja convertido em aposentadoria por incapacidade e isso por si só já pode fazer com que o valor da renda mensal recebida seja inferior ao que a pessoa recebia na incapacidade temporária.
Esse é o caso de quem fica impossibilitado de trabalhar de forma permanente.

Mas o que muita gente não sabe é que é possivel elevar o patamar dos recebimentos pela autarquia previdenciária nos casos em que o beneficiário esteja acamado ou qualquer outra forma de impedimento de locomoção, com a exigência de cuidados intensivos.
Nesses casos a lei permite que a aposentadoria por incapacidade permanente seja acrescida de 25%.

Para isso é importante que a pessoa seja aposentada por incapacidade permanente e comprove através de atestados médicos as dificuldades e a necessidade de auxílio de terceiros para conseguir o acréscimo.

É preciso lembrar que o pedido de acréscimo de 25% também sujeitará o beneficiário a perícia médica para avaliação das informações acerca da condição da pessoa, para aferir se realmente precisa de auxílio de terceiros.

Conforme Boletim estatístico do INSS, cerca de 3% das aposentadorias são concedidas por incapacidade permanente e o valor não pode ser inferior ao salário mínimo.

De uma forma geral algumas doenças ou condições de saúde, se comprovadas, fazem com que o segurado tenha direito ao acréscimo de 25%. São elas:
  • Cegueira total;
  • Perda de nove ou mais dedos das mãos;
  • Paralisia dos dois braços ou pernas;
  • Perda das pernas, quando a prótese for impossível;
  • Perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível;
  • Perda de um braço e uma perna, quando a prótese for impossível;
  • Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social, ou seja, dificuldade em organizar o pensamento, o raciocínio e a tomada de decisões para fazer as atividades de vida diária e sociais sozinho;
  • Doença que deixe o segurado acamado;
  • Incapacidade permanente para as atividades da vida diária.
 
Como solicitar?

O acréscimo pode ser solicitado através do portal 135 com o envio da documentação pelo MEU INSS.
Um advogado especializado em Direito Previdenciário também poderá ser contratado para pleitear o benefício e acompanhar com as orientações necessárias para comparecer na perícia médica.

 
 
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