Em época em que a conscientização sobre a importância dos cuidados com a saúde do homem está em evidência, o Hospital São Lucas de Ribeirão Preto alerta para novas técnicas que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida dos homens que têm HPB – Hiperplasia Prostática Benigna, conhecida como próstata aumentada. Consolidada nos Estados Unidos, uma delas é a técnica Rezum, aprovada recentemente pela Anvisa e que chegou há três meses no Brasil, sendo o Hospital São Lucas o primeiro a aplicá-la em Ribeirão Preto e o segundo no País.
Moderna e inovadora, a técnica consiste na aplicação do vapor de água na próstata aumentada. O procedimento é feito com o paciente sedado e via transuretral, com material descartável comandado por um gerador digitalizado e uma câmera que mede milimetricamente a próstata para aplicação de 4 a 6 injeções, cada uma com 9 segundos de duração. Com a difusão tecidual, ocorre a denaturação das células do tecido hiperplásico, causando apoptose, que é a absorção dessa célula pelo próprio corpo. Os destaques da técnica são o procedimento minimamente invasivo e tempo de recuperação rápido.
Para o urologista e Proctor do Grupo São Lucas, Dr. Tiago Bovo (CRM: 94246/RQE: 58 781), o grande diferencial está na durabilidade da cirurgia, que leva de 5 a 10 minutos, e na evolução tranquila do pós-operatório. Além disso, destaca a indicação para pacientes que não querem perder a condição de ejacular, como normalmente acontecia com os procedimentos anteriores de “raspagem da próstata” – padrão cirúrgico utilizado até há pouco tempo por vários cirurgiões.
“Casos de próstata aumentada ocorrem em 85% dos homens depois dos 45 anos de idade, e seu maior público para o procedimento são as próstatas de 30 a 90g em pacientes jovens que não querem perder a função ejaculatória. Anteriormente, principalmente na técnica de raspagem da próstata, o paciente perdia a ejaculação, não ocorrendo mais a saída do esperma após ato sexual. O Rezum é um dos únicos tratamentos minimamente evasivos que evitam em 100% essa ocorrência depois do procedimento, aliviando o paciente dos sintomas obstrutivos em geral que são dificuldade de urinar, jato fino, aumento da frequência miccional a noite, jato entrecortado, que começa e recomeça várias vezes, ou gotejamento pós-miccional”, explica.
Uma técnica para cada quadro clínico
Além da nova técnica, o especialista é um dos autores do trabalho científico com o maior número de cirurgias mundiais na tecnologia GreenLight, ou Laser Verde, também indicada para o tratamento de próstata aumentada. O trabalho, que tem mais de 3.000 casos contabilizados, teve a contribuição do urologista em mais de 360 procedimentos. Presente no país há nove anos, mais de 700 casos foram operados pelo cirurgião no Hospital São Lucas.
O Laser atinge o tecido da próstata e o transforma de estado sólido para vapor, coagulando pequenos vasos. Por ser um tecido extremamente vascularizado, a cirurgia a laser tem a vantagem de vaporizar e fazer a hemostasia ao mesmo tempo. O procedimento também é realizado com sedação e tem internação de até um dia podendo ter alta no mesmo dia em casos selecionados. A recuperação do paciente leva em torno de 7 a 10 dias.
“A maior vantagem da técnica é a possibilidade de aplicação em pacientes que utilizam anticoagulantes, situação farmacológica cada vez mais comum na sociedade em virtude do envelhecimento progressivo populacional. Um paciente idoso que usa anticoagulante que não pode ser descontinuado por uma condição clínica cardíaca ou neurológica pode-se beneficiar dessa técnica de GreenLight com muita segurança”, conclui.