29/10/2024 às 10h51min - Atualizada em 29/10/2024 às 10h51min
O fenômeno Vini Jr
Rafael Ribeiro/CBF/Direitos Reservados Por David Florim – jornalista responsável pelo portal A Voz de Ribeirão
Para muitos, um jogador superestimado; para outros, um atleta sofrido.
Minha leitura sobre o craque Vinícius Jr é que, embora haja outros jogadores até melhores, nenhum foi melhor do que ele na última temporada.
Vini foi decisivo para o Real Madrid e fez coisas que “até Deus duvida” dentro de campo. Foi genial! Decisivo! Um regente, capaz de fazer os brasileiros sonharem com um futuro promissor da amarelinha, ainda mais contando com Endrick, Estevão e outros.
Mas, por alguma razão não foi eleito melhor do mundo. Minha ideia é clara: a briga contra o racismo que ele comprou, foi o que tirou dele o título de melhor do mundo. Muitos que, pela bola, votariam nele, não votaram – o que amplia minha análise sobre o racismo.
Vini não foi nomeado o rei do futebol na temporada, mas certamente já tem o título de rei contra o racismo. Um dia, quando já estiver caminhando pela aposentadoria, verá livros de história com fotos suas, pois será sempre lembrado não só como um craque dos gramados, mas também como a voz das vítimas de racismo.
Lembrando que ele foi contra até mesmo integrantes de sua torcida (a do Real Madrid), que no jogo contra o Barcelona, entoaram gritos racistas na direção do jovem espanhol Lamine Yamal – também negro.
Com Vini, o mundo pode se tornar menos racista. Pessoas tendem a ser punidas e ele seguirá sendo, com a menção dessa revista francesa ou não, o craque que todos sabemos que já é.
Vini levanta a taça de expoente contra o racismo, e graças ao episódio onde não foi eleito melhor do mundo, o racismo no futebol se tornou ainda mais evidente!
Vini Jr hoje é um nome; amanhã tem tudo para se tornar uma lenda! Um rei no combate ao racismo que o futebol perdeu a chance de reconhecer.