divulgação Quem é Txai Suruí?
Txai é uma mulher indígena da etnia Suruí, de Rondônia, na Amazônia. É reconhecida internacionalmente como uma das jovens lideranças mais relevantes do planeta. Foi escolhida pela revista Time como um dos 100 destaques com menos de 30 anos, em 2023, por sua longa lista de credenciais de advocacy nos seus 27 anos.
A primeira vez que o mundo conheceu o poder da presença e voz de Txai foi, em 2021, na COP-26 de Clima, realizada em Glasgow. Primeira indígena a falar na abertura do evento, ela sensibilizou a plateia e a comunidade internacional com sua fala tocante sobre a emergência que já pairava sobre a Amazônia e a necessidade de proteger os povos guardiões da floresta diante das ameaças ambientais e de vida.
A história da militância de Txai começou ainda na barriga da mãe. Ela é filha de dois importantes ativistas: Almir Suruí e Neidinha Bandeira. A infância de Txai Suruí foi marcada por aprendizados junto à natureza e pelas constantes excursões para defender o território da Terra Indígena Sete de Setembro, em Rondônia, onde viveu até os sete anos. Crescer em um território invadido por grileiros e garimpeiros ensinou a Txai a lutar desde cedo.
Txai estudou direito e coordena a Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé. É também conselheira do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia, da World Wildlife Fund (WWF) e do Pacto Global da ONU, além de voluntária da ONG Engajamundo.
Ela tem viajado por todos os cantos do Brasil e do mundo para alertar e denunciar o que vem acontecendo com os povos indígenas do Brasil, mas também para propor soluções multiculturais e multiétnicas. Txai acredita que só a união em torno de um objetivo comum: “ouvir o que a Mãe Terra tem a nos dizer” tirará a humanidade do impasse climático e civilizatório em que vivemos.
Recentemente, Txai foi manchete nas mídias e redes internacionais por conta de um incidente provocado pela segurança da ONU – COP 16 de Biodiversidade na Colômbia - onde ela e outras lideranças foram impedidas de fazer um protesto contra o Marco Temporal.
Ela não fala só por si: ela tem o poder do cocar acompanhado da ancestralidade. Guerreira da Paz e Guardiã da Floresta, está à frente de importantes causas como a emergência climática e a proteção dos territórios dos povos originários.
Txai também atua como comunicadora e foi a responsável pela produção executiva do documentário “O Território”, que recebeu o Emmy e outros prêmios. Escritora e poeta, lançou em 2024 o livro Canção de Amor que revela como o amor e a luta dos povos originários caminham juntos e podem inspirar as infâncias.
Txai participará de duas atividades do Arvore-se; uma iniciativa científico-cultural em torno da árvore simbólica e real, que traz reflexões e ações sobre o papel da arborização urbana e da (re)floresta no atual cenário da crise climática.
Esse projeto é uma realização do Sesc Ribeirão Preto, idealização e coordenação pelos professores da USP Ribeirão Preto Clarice Sumi Kawasaki e Danilo Seithi Kato, e da UFSCAR Fernanda Keila Marinho da Silva.
Serviço: bate-papo
A guardiã dos Povos da Floresta Com Txai Suruí. Mediação Maria Zulmira Souza (Zuzu)
Entrevistadores: Claudilene Pedrosa Caldas, Danilo Seithi Kato, Marcos Antonio Reigota e Simone Kandratavicius
Dia 12/11. Terça, 8h30 às 10h30.
Bosque Municipal - Av. Prof. José Dilermano, 1197-1265 - Santa Rosa de Viterbo
300 vagas por ordem de chegada
A Livre
Dia 13/11. Quarta, 19h30 às 21h30.
Auditório do Sesc Ribeirão Preto – Rua Tibiriçá, 50 – Centro – Ribeirão Preto
200 vagas por ordem de chegada
A Livre
*Tradução em Libras
Arvore-se é o chamamento para esta iniciativa científico-cultural em torno da árvore simbólica e real, que traz reflexões e ações sobre o papel da arborização urbana e da (re)floresta no atual cenário da crise climática. Ao oferecer uma programação diversificada que inclui intervenções urbanas, espetáculos circenses, teatro, oficinas e debates, cria espaços de diálogo entre meio ambiente, arte, sustentabilidade e ação social, fomentando discussões em torno das relações ser humano, natureza e culturas.
Idealização e coordenação: Clarice Sumi Kawasaki (FFCLRP-USP; NAP EDEVO DARWIN-USP); Fernanda Keila Marinho da Silva (DFQM-UFSCar/Sorocaba) e Danilo Seithi Kato (FFCLRP-USP/RP)
Realização: Sesc
Apoio: Departamento de Educação, Informação e Comunicação da FFCLRP/USP; Departamento de Física, Química e Matemática (UFSCar/Sorocaba); Diretoria da FDRP/USP e Biblioteca Sinhá Junqueira