O adensamento populacional e o trânsito intenso e perigoso das médias e grandes cidades têm levado empreendedores imobiliários a oferecerem, nas áreas comuns dos condomínios, uma série de serviços que o morador antes precisava buscar fora. Começou com as áreas de lazer, como piscinas e salões de jogos. Depois, os aparelhos de academia e salas para sauna. Agora, pet places são a mais nova tendência do mercado de moradias em condomínios fechados.
Chegam a reboque de uma tendência de crescimento da população de animais de estimação no Brasil nos últimos anos. Dados apontam mais de 139 milhões de pets espalhados por todo país, dos quais 47% concentram-se na região Sudeste, de alta densidade populacional e, portanto, grande predominância de edifícios e condomínios horizontais.
Segundo Fernanda Defendi, diretora de incorporação da Pafil Empreendimentos, a inclusão desses espaços nos projetos tem atraído as famílias. “Especialmente pessoas que vivem em imóveis térreos e optam por adquirir um apartamento como o primeiro imóvel próprio. Elas querem realizar esse sonho sem abrir mão daquele companheiro que já é parte da família. Por isso, a solução do espaço para pets nos condomínios têm apelo prático, emocional e também comercial”, explica.
A definição pelo pet place começa na incorporação do imóvel que, quando é concluído, já tem a aprovação de permanência dos animais nas unidades. “O condomínio poderá definir outras regras; porém, a principal já está determinada na incorporação”, detalha Fernanda, que atua no mercado imobiliário há mais de duas décadas e testemunhou a mudança do perfil dos empreendimentos. “Alguns itens se tornaram desnecessários e outros essenciais. O espaço para pets é um deles e faz diferença no conforto dos moradores”.
