A tradicional Meia Maratona Tribuna Ribeirão acontece neste domingo (17) em Ribeirão Preto, com circuitos de 5k e 21k. A expectativa é que centenas de pessoas participem da prova, que já se tornou uma das principais provas de toda a região. E em meio à multidão de adeptos das corridas de rua, estarão 35 trabalhadores dos Correios, que visam “correr” dos estresses do dia a dia e em direção à uma vida mais saudável.
Um super corredor
Jackson Antônio Vieira é um veterano das cartas e das corridas. Aos 62 anos, soma mais de 40 provas disputadas. Hoje corre de 3 a 4 vezes por semana, em média de 25 km semanais, com pace médio de 5:00. Isso sem contar as ligeiras caminhadas que faz para entregar as centenas de correspondências diárias em Ribeirão Preto.
- “É uma satisfação correr, seja sozinho ou com amigos. Coloco meu fone de ouvido e ouço músicas específicas para treino”, explicou.
O craque das passadas vê na corrida uma válvula de escape para as dificuldades do dia a dia.
- “É um momento de prazer, onde consigo meditar e me concentrar apenas no próximo passo. Ainda não fiz uma maratona, mas minhas pernas têm história. Já fiz provas de 21 km e sei que ainda tenho bastante gás para vencer distâncias e alcançar resultados”, resumiu o veterano dos Correios e das corridas.
Guilherme Eduardo Oliveira é carteiro há 10 anos. Com pernas acostumadas a percorrer distâncias importantes para a entrega de correspondência, se considerava um tanto sedentário. Mas após a pandemia, voltou às corridas e não parou mais. Atualmente veste a camisa dos Correios e do esporte.
- “Eu tinha dificuldades para dormir e cheguei até a precisar tomar remédio para pegar no sono. Com a corrida meu sono melhorou e me tornei até instrutor de dança de salão, inclusive com títulos em algumas competições. Além disso, já disputei mais de 20 corridas”, ressaltou.
Apesar do pouco tempo para os treinos em função das demais ocupações, tem participado das corridas de rua com frequência, seja como inscrito ou como pipoca.
- “Correr é viver. Respirar de forma mais plena. Quando corro, esqueço dos problemas e me sinto pleno. Os hormônios que o esporte libera fazem com que eu me sinta muito bem e mais revigorado”, finalizou.
Fabiana Rossignolli Pinto está nos Correios há 25 anos. Outra veterana de empresa e também das corridas. E pensar que ela começou em função da saúde.
- “A corrida mudou minha vida. Eu comecei a correr após ser diagnosticada com nódulos e um cisto na mama direita. Durante o processo eu tive início de depressão e lá no médico observei que havia uma pessoa bem mais debilitada do que eu, mas que era praticante de corrida de rua, o que levantava o próprio astral”, explicou.
Hoje Fabiana corre ao lado do filho e da nora, e não vê o momento de calçar os tênis e correr pelas ruas da cidade.
- “Correr é uma terapia. Eu me sinto bem e esqueço de todos os meus problemas. Enquanto Deus permitir, vencerei distâncias e alcançarei destinos através das corridas”, finalizou.