Freepik/ReproduçãoUm evento exclusivo com grandes líderes de mentorias coletivas femininas do país ocorreu no início deste mês de novembro, em São Paulo. Organizado pela W-CFO Brazil, comunidade de integração de executivas de finanças com foco em apoio mútuo, o encontro debateu feminicídio, Reforma Tributária e o papel das mulheres na sociedade.
Estiveram presentes Edna Vasselo Goldoni, presidente do Instituto Vasselo Goldoni (IVG); a senadora Margareth Buzetti, criadora da lei anti-feminicídio; Ângela Pugliese, presidente da W-CFO Brazil; Bruna Felizardo, sócia da EY (Ernst & Young) e Karen Miura, fundadora da comunidade Maternidade Executiva.
O evento teve entre os objetivos consolidar a proposta de criação da Cesta Básica da Mulher, que busca reduzir o impacto dos impostos sobre produtos essenciais ao cuidado feminino na Reforma Tributária. No início de outubro, Ângela Pugliese e Karen Miura, com apoio de Bruna Felizardo, entregaram à senadora Margareth um manifesto com essa proposta.
O documento apoia os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e cita que a inserção de mais mulheres na economia brasileira pode acrescentar R$ 131 bilhões em receita tributária e elevar o Produto Interno Bruto em 3,3%. Por isso, a sugestão de desonerar itens para incluir mais mulheres no sistema econômico.
Ainda durante o evento, a senadora Margareth, que saiu de uma carreira executiva para o Senado, compartilhou sua trajetória e ressaltando sua origem pobre: “Vim de uma família muito humilde; meu pai era mecânico no interior de Santa Catarina. Sempre participei de projetos sociais, isso é algo que faz parte de mim”, destacou.
Em um dos momentos mais emocionantes do evento, Edna Vasselo Goldoni, líder do IVG, conhecido por liderar a maior comunidade de mentoria coletiva para mulheres no Brasil, presenteou a senadora com um colar de pérolas. A ação faz parte do programa “Semeando Pérolas”, no qual ela distribui a joia para mulheres em eventos e palestras.
“Toda vez que colocamos um colar de pérolas em uma mulher, é para olhar nos olhos dela e dizer que admiramos sua força e coragem”, destacou Edna, emocionada.
A Associação Arte de Vênus, projeto social que produz cerâmica e objetos de decoração, também esteve no encontro com a exposição “Sapatos Vermelhos” em uma ação contra o feminicídio. O projeto foi criado para atender mulheres acima de 40 anos para moradoras da região oeste de São Paulo.
“Sapatos Vermelhos nasceu como um símbolo de luta e empoderamento contra a violência de gênero. Os sapatos vermelhos representam as mulheres que sofrem ou sofreram violência, simbolizando sua presença e lembrança. Em várias partes do mundo, instalações artísticas com sapatos vermelhos são feitas para conscientizar e mobilizar a sociedade contra essa violência”, diz as redes sociais do projeto.
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THAIS MOREIRA CIPOLLARI
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