Nas últimas décadas, o empreendedorismo feminino tem ganhado destaque no Brasil, refletindo a luta constante pela igualdade de gênero e pela conquista de mais espaço no mercado de trabalho. De acordo com dados do Governo Federal, no fim do primeiro quadrimestre de 2024, o Brasil registrou 21,7 milhões de empresas ativas, com o setor feminino crescendo a passos largos. No entanto, as mulheres ainda enfrentam desafios significativos, como a desigualdade salarial e a baixa representação em posições de liderança.
Desigualdade Salarial e Desafios no Mercado de Trabalho
Embora o Brasil tenha reduzido a disparidade salarial entre homens e mulheres ao longo das últimas décadas — de um dos maiores índices da América Latina nos anos 1990 para uma diferença de 29% —, o cenário ainda é desafiador. As mulheres empreendedoras e autônomas, por exemplo, ganham em média 20% a menos que seus colegas homens, uma disparidade considerável, especialmente quando se leva em conta que as mulheres, em média, possuem mais anos de escolaridade do que os homens.
Além disso, embora o Brasil esteja entre os 10 países com o maior número de empreendedoras no mundo, segundo o estudo Global Entrepreneurship Monitor 2021, as mulheres continuam sub-representadas nas posições de liderança. Elas ocupam apenas 17% dos cargos de presidência em empresas no país, refletindo uma clara desigualdade de gênero no topo das organizações.
Empreendedoras de Ribeirão Preto: Superando Barreiras e Inspirando Gerações
Em cidades como Ribeirão Preto, exemplos de mulheres que estão quebrando barreiras e conquistando seu espaço no mercado são cada vez mais visíveis. Empresas como Febracis, Del Lama, DSilva e Home Health têm em sua liderança mulheres que lutam diariamente pela ascensão feminina no mundo dos negócios.
Camila Nocera, Andrea Del Lama, Dulce Correa e Francine Florindo são apenas algumas das empreendedoras que, com resiliência e visão, enfrentam os obstáculos de um mercado predominantemente masculino. Elas se tornaram referências não apenas pelo sucesso de suas empresas, mas também pela sua contribuição na transformação da cultura corporativa, abrindo portas para futuras gerações de mulheres líderes.
O Caminho à Frente
A trajetória dessas mulheres reflete o potencial do empreendedorismo feminino como força motriz na economia brasileira. Porém, a luta por mais igualdade e equidade no mercado de trabalho e nos negócios continua sendo um desafio, e as histórias de superação dessas empreendedoras são a prova de que, embora o caminho ainda seja longo, o futuro promete um cenário cada vez mais inclusivo e plural.