16/08/2022 às 11h00min - Atualizada em 16/08/2022 às 11h00min

Motoristas precisam ficar atentos à baixa velocidade de canavieiros na rodovia


 

Motoristas que se deslocam pelas rodovias de Ribeirão Preto e região, no eixo viário que vai de Bebedouro a Igarapava, precisam ficar atentos à presença mais frequente de veículos canavieiros em circulação, devido ao escoamento da safra da cana-de-açúcar na região.

 

Entre segunda e terça-feira, 8 e 9/08, dois canavieiros tombaram pela faixa de rolamento após os condutores perderem o controle na SP-322 (Rodovia Atílio Balbo) e SP-328 (Rodovia Alexandre Balbo), Sertãozinho e Ribeirão Preto, respectivamente. Tombamentos são comuns, mas levantamento realizado pelo Centro de Controle Operacional (CCO) da concessionária mostra que o principal tipo de acidente envolvendo canavieiros é do tipo colisão traseira.

 

Colisões são mais comuns na Rodovia Anhanguera (SP-330), em trechos de aclive próximos a Jardinópolis, São Joaquim da Barra e Orlândia, e na SP-322, próximo a Sertãozinho, Pitangueiras e Pontal, como o acidente que resultou em uma morte na segunda-feira (8), no km 380 da Rodovia Armando Sales de Oliveira, após um utilitário colidir na traseira de uma carreta carregada de cana.

 

Sempre atenta à segurança viária, a Entrevias está reforçando o alerta para que usuários mantenham a distância segura do veículo que trafega à frente, e principalmente: que percebam a diferença de velocidade existente. Veículos pesados circulam com lentidão devido ao peso da carga, situação que piora em trechos de aclive.

 

O levantamento aponta que os casos são mais comuns no final da tarde e a noite, em situações de visibilidade reduzida, uma vez que nem todos condutores de canavieiros seguem as recomendações previstas na legislação de trânsito, como a resolução 643/2016 do Contran, que determina a utilização de faixas refletivas na lateral e traseira de veículos de transporte rodoviário com peso bruto acima de 4.536 kg e tampouco mantêm a iluminação traseira adequada, infração passível de multa, de acordo com o artigo 230 do código brasileiro de trânsito (trafegar com equipamento obrigatório em desacordo).

 

“Motoristas de carros de passeio que seguem em velocidade normal podem se deparar com caminhões  com velocidade muito reduzida, às vezes, estão a 40 km/hora em trechos de subida”, diz Jorge Baracho, gerente de Operações.

 

Combinação perigosa: excesso de peso e imprudência

Ainda segundo Baracho, pela observação diária e características das ocorrências, o excesso de peso e a baixa velocidade, aliados à imprudência de alguns motoristas de veículo pesado, explicam as causas de acidentes com as carretas carregadas.

 

“Muitos motoristas desrespeitam os limites de peso e ignoram a legislação de trânsito, que determina a obrigatoriedade do uso das faixas refletivas, recurso que ajuda a dar mais visibilidade aos veículos, assim como iluminação traseira”, diz.

 

Outro fator que prejudica durante a safra a visibilidade é a falta de limpeza dos veículos após saírem dos canaviais. “Há muitos casos de motoristas que utilizam e criam acessos irregulares, que trafegam com a carga descoberta. A Entrevias não tem poder de polícia para autuar, fiscalizar ou deter os veículos em situações deste tipo, mas comunica a Polícia Militar Rodoviária que é quem deve fazer a fiscalização”, completa Baracho.

 

Usuários que se deslocam pela área concedida à Entrevias contam com suporte 24 horas por dia, para as mais diferentes ocorrências, e podem estabelecer contato com a empresa em caso de incidentes através do 0800 3000 333 ou pelo Entrevias Wi-fi SOS.


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