07/01/2025 às 14h58min - Atualizada em 07/01/2025 às 14h58min
Azul confirma acordo com fisco e deduz R$ 1,8 bilhão de dívidas tributárias
Freepik Por Natália Marques de Oliveira – advogada no escritório Dosso Toledo Advogados
A companhia aérea Azul anunciou a conclusão de um importante acordo com a Receita Federal do Brasil, resultando na redução de mais de R$ 1,8 bilhão de suas dívidas tributárias. A negociação foi possível graças à adesão da empresa a um programa de transação tributária, parte das medidas governamentais voltadas para a recuperação fiscal de empresas em dificuldades financeiras.
O acordo foi fechado no âmbito do Programa de Retomada Fiscal, que permite que empresas renegociem dívidas com descontos significativos, parcelamento estendido e utilização de créditos fiscais acumulados. Segundo comunicado da Azul, a transação envolve uma combinação de redução no montante principal da dívida, eliminação de multas e juros, além de opções de pagamento que equilibram as obrigações da companhia.
Com essa dedução, a Azul espera reduzir significativamente sua pressão financeira, especialmente em um momento de desafios para o setor aéreo, que ainda sente os impactos da pandemia de COVID-19 e das altas nos custos operacionais, como combustíveis.
A renegociação de dívidas tributárias não é exclusividade da Azul, mas reflete um fenômeno mais amplo no setor aéreo brasileiro, que tem buscado suporte governamental para superar um cenário econômico desafiador. Companhias aéreas lidam com margens de lucro apertadas e uma competição acirrada, enquanto enfrentam pressões crescentes por soluções sustentáveis e tarifas acessíveis para os consumidores.
A confirmação do acordo da Azul com o fisco é uma vitória significativa para a empresa e um exemplo de como programas de transação tributária podem ser eficazes para a recuperação de companhias em situações financeiras críticas. O desfecho também reforça a importância de medidas coordenadas entre o setor privado e o governo para sustentar a indústria aérea brasileira, um pilar essencial da mobilidade e da economia do país.