Comemorado em 14 de março, o Dia Internacional da Matemática em 2025 representa um marco para destacar o papel da disciplina como uma ferramenta imprescindível para a expressão criativa e o enfrentamento de desafios cotidianos, transcendendo a ideia de ser exclusiva para os mais inteligentes. O tema deste ano: “Matemática, Arte e Criatividade”, instituído pela União Matemática Internacional (IMU), está alinhado às iniciativas de professores de diversas regiões do país, cujos projetos mostram as conexões entre os números e a imaginação, abordando áreas como robótica, dança, culinária quilombola, entre outras.
As ações se destacam em um momento em que o governo federal inicia uma trajetória que se propõe a construir a primeira política pública nacional voltada para o ensino de qualidade da matemática. Em fevereiro, com o intuito de mobilizar as redes de ensino de todo país sobre a urgência de se olhar para a aprendizagem da disciplina na educação básica, o Ministério da Educação (MEC) realizou o webinário “Somando Vozes por Toda Matemática”. O evento integra as ações preliminares ao lançamento do Programa Toda Matemática. Já no dia 10 de março, o webinário “Multiplicando Percepções por Toda Matemática”, reuniu centenas de educadores, iniciando o diálogo para a “Escuta Nacional de Professores que Ensinam Matemática”, que ocorrerá entre os dias 17 e 31 de março de 2025.
É neste contexto que os projetos a seguir, reconhecidos no Edital Matemática nos Anos Finais do Ensino Fundamental do Itaú Social, revelam possibilidades efetivas de reavivar o interesse dos alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental pela matéria. São ideias que saíram do papel e, agora, representam um laboratório de práticas com potencial para inspirar e fundamentar as diretrizes da nova política. “Ao romper com a visão tradicional da matemática como uma disciplina abstrata e distante da realidade, esses professores provam o quanto é possível engajar os estudantes de forma criativa e significativa, conectando os conteúdos aos seus interesses, experiências e contextos culturais”, explica a gerente de Avaliação e Prospecção do Itaú Social, Fernanda Seidel.
Além do conteúdo, os projetos promovem equidade e inclusão: “à medida em que oferecem diferentes formas de acesso ao conhecimento matemático, eles contribuem para reduzir as desigualdades e garantir que todos tenham a oportunidade de desenvolver seu potencial”, completa Fernanda.
Essas ações dialogam com o tema do Dia Internacional da Matemática e abrem um novo horizonte para o aprendizado:
“Os resultados obtidos mostraram que os estudantes participaram mais das aulas de matemática e suas notas melhoraram, não apenas nessa disciplina como em outras.”
“Sempre observei que, para muitos estudantes, os conceitos matemáticos parecem distantes da realidade e difíceis de aplicar no dia a dia. A partir daí, criamos uma solução que tornou a matemática mais prática e tangível.”
“Nunca os vi tão envolvidos. Embora as populares dancinhas do TikTok chamem a atenção dos jovens, o projeto se destaca por seu caráter colaborativo, em que cada estudante tem um papel fundamental.”
“Quem vai aprendendo já ensina os demais. É uma abordagem coletiva que gera aprendizado e reforça conceitos de união e partilha, evidenciado, por exemplo, no momento em que trabalhamos frações e dividimos bolos e acarajés em partes iguais.”
“Eu observava a dificuldade dos alunos em revisitar e revisar o que aprenderam, dependendo muito de explicações repetidas. Foi nesse contexto que a ideia dos mapas mentais começou a ganhar força. Com o tempo, eles compreenderam que isso não era apenas desenhos ou registros individuais, mas um recurso que podia ser enriquecido coletivamente.”
“Ao integrar a Matemática com outras disciplinas, como história, artes e ciências, promovemos uma visão holística do conhecimento.”
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ELAINE CRISTINA ALVES DE OLIVEIRA
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