A escritora Diana Corrêa participará da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro como autora independente, apresentando a segunda edição de seu romance de ação e aventura, "Nascida para a Guerra". O evento ocorrerá de 13 a 22 de junho de 2025, e a autora estará no pavilhão verde, estande AUT09.
"Nascida para a Guerra" mergulha os leitores em uma trama eletrizante onde Brianna McGregor toma uma decisão que mudará sua vida para sempre: assumir o lugar de seu irmão gêmeo, Trevor, no exército americano, após ele sofrer um grave acidente em uma missão no Afeganistão. Movida pela necessidade de protegê-lo das consequências de uma mentira contada por ele a seus superiores, Brianna se lança em um mundo de perigos, disfarces e intensos treinamentos militares.
A narrativa explora não apenas os desafios físicos e psicológicos enfrentados por Brianna em um ambiente predominantemente masculino, mas também a força dos laços familiares e da amizade. Com a ajuda de suas melhores amigas, Alicia Jackson, sua companheira desde a infância, e Holly Hendrix, a filha do presidente dos Estados Unidos, Brianna se prepara para a arriscada empreitada. No campo de batalha, ela precisará conquistar a confiança e o respeito do esquadrão de seu irmão, composto por figuras marcantes como o inteligente Ed Juggs, o esquentado Max Flynn, o gigante Andrew Finnigan e o enigmático Tenente Jake Evans.
A segunda edição, publicada pela Editora Faraó, promete uma nova roupagem para a história que cativou leitores com sua mistura de ação, suspense e toques de romance. A autora revela que a obra é fruto de uma longa jornada: "Passei quatro anos escrevendo este livro e 10 até publicá-lo. Acredito que a história de Brianna, sua coragem e a forma como ela se reinventa para proteger quem ama são temas que ressoam profundamente com o público. É uma honra poder compartilhar essa jornada com ainda mais leitores nesta nova edição e encontrá-los na Bienal".
Mulheres na literatura brasileira: Um olhar sobre o cenário atual
A presença de autoras como Diana Corrêa no cenário literário independente é um reflexo importante da crescente participação feminina na literatura brasileira. Embora o caminho para a equidade ainda seja longo, dados recentes indicam um avanço.
Uma pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea da Universidade de Brasília (UnB), divulgada em 2021 e analisando dados de grandes editoras entre 2015 e 2019, apontou que cerca de 29,3% dos livros de ficção nacional publicados foram escritos por mulheres. Já um levantamento mais recente da organização Gênero e Número, com dados de 2022, mostrou que, entre os livros mais vendidos no Brasil naquele ano, 39% eram de autoria feminina, um aumento significativo em relação aos 26% registrados em 2016. Esses números, embora ainda demonstrem um desequilíbrio, sinalizam uma maior visibilidade e reconhecimento das escritoras no país.
"Nascida para a Guerra" não é apenas uma história de aventura, mas também um convite à reflexão sobre sacrifício, a força dos laços afetivos e a capacidade de superação. A autora espera que a trajetória de Brianna inspire e cative novos leitores.
Segundo dados do Relatório da Diversidade na Literatura Brasileira (2023), apenas 34% dos autores publicados por grandes editoras no Brasil são mulheres, apesar de elas representarem a maioria dos leitores. Autoras independentes como Diana Corrêa estão ajudando a mudar esse cenário, trazendo vozes femininas para gêneros como ação e aventura, tradicionalmente dominados por homens.
A autora comenta: "Escrevi 'Nascida para a Guerra' para mostrar a força das mulheres em ambientes tradicionalmente masculinos. Brianna é uma heroína que não espera permissão para lutar pelo que ama – ela age, mesmo quando o mundo diz que não é seu lugar".
Sobre a autora:
Diana Corrêa nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, e atualmente mora em São Gonçalo, no mesmo estado. O primeiro livro inteiro que se lembra de ter lido foi um romance espírita, quando tinha 11 anos, e desde então não parou mais. Começou a escrever para passar o tempo entre as aulas e, durante a adolescência, teve um conto (2011) e uma crônica (2012) publicados pela Folha Dirigida em coletâneas organizadas pela sua escola. Formada em Turismo pela Universidade Federal Fluminense, continua escrevendo nas poucas horas vagas entre o trabalho e os estudos.
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ALEX YAN DA COSTA MENDES
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