15/09/2022 às 16h00min - Atualizada em 15/09/2022 às 16h00min
Artigo: O que será do Palmeiras em 2023?
Para alguns, é o time da Crefisa; para outros, o Palmeiras de hoje está prestes a encerrar sua Terceira Academia de Futebol.
Vou de segunda opção, por conta de um fator simples, mas determinante: o futebol mudou e depende de dinheiro para acontecer (até para ter base forte os clubes dependem de dinheiro e de patrocínios). Não à toa as camisas estão repletas de patrocínios, diferente dos mantos de antigamente.
Um pouquinho da história:
De 1959 a 1970, o Palmeiras, ao lado do Botafogo e Cruzeiro, eram os únicos clubes do país a fazer frente ao Santos do Pelé. Diferente de hoje, o alviverde tinha uma Seleção ainda lembrada como um dos maiores esquadrões da história do futebol brasileiro. Naquela época, o Palmeiras foi Seleção, vencendo a Celeste Olímpica por 3 a 0, além de levantar títulos estaduais, nacionais e internacionais (incluindo o troféu do Torneio Ramón de Carranza, na Espanha, ao bater o Real Madrid na decisão.
Os anos passaram, o time envelheceu e foi necessária uma renovação no plantel. Já com o campo do Estádio Palestra Itália elevado, o já grande campeão do Brasil reuniu novos reforços. Ao lado dos remanescentes Dudu e Ademir da Guia, o time foi campeão paulista três vezes (uma delas de forma invicta), foi bicampeão brasileiro, faturou mais dois Troféus Ramín de Carranza na Espanha (batendo o Español em 1974 e o Real Madrid em 1975) e venceu o Torneio de Mar del Plata na Argentina (superando Peñarol, Boca Juniors e San Lorenzo). Foi a época de outros ídolos que se imortalizaram pelo bom uso da camisa verde.
Os anos passaram e o Verdão conheceu o período de vacas magras, com correção de rota nos anos 90, onde novo timaço foi formado através de parceria com a Parmalat, conquistando três estaduais, duas edições do Campeonato Brasileiro, uma da Copa do Brasil e uma Libertadores, além de títulos de menor expressão. A máquina verde fez mais de 100 gols no Paulista de 1996 e era tida como uma Seleção.
Atualidade:
Em 2015, já com a arena construída, o clube passou a colecionar títulos. Contratações foram feitas (algumas que nenhum palmeirense entende), e o time foi ficando cada vez mais forte.
Economicamente e administrativamente consolidado, o Verdão voou.
Além da Copa do Brasil de 2015 e 2020, vieram os títulos do Campeonato Brasileiro de 2016 e 2018 (e tem tudo para garantir o título de 2022), além de títulos estaduais e das Libertadores de 2020 e 2021.
Porém, peças importantes podem estar de saída. Sem Scarpa e talvez Danilo e Rony, a “Terceira Academia de Futebol” pode estar no fim.
Caberá aos dirigentes começarem a desenhar a “Quarta Academia de Futebol”, aproveitando os craques da base e mesclando com novas (e necessárias!) contratações. Só assim, além de seguir a fazer frente ao Flamengo, o Palmeiras poderá recuperar seu protagonismo sul-americano.