Diante da insegurança em condomínios, síndicos apostam em meios de segurança e inteligência artificial

20/08/2025 14h47 - Atualizado há 17 horas
Diante da insegurança em condomínios, síndicos apostam em meios de segurança e inteligência artificial
Luiz Fernando Maldonado é advogado condominial

Nos últimos anos, mais e mais pessoas tem se mudado para condomínios fechados em toda a região. Verdadeiras fortalezas que oferecem segurança e melhor qualidade de vida, diante da criminalidade constante. O problema é que, de acordo com dados do Sistema de Informações Criminais (Infocrim), entre 2014 e 2018 foram registrados, em média, 12 mil ataques por mês a casas e condomínios no estado de São Paulo. Já no primeiro semestre de 2022, houve um aumento de 11,09% nos casos de furtos e roubos.

 

Diante disso, síndicos de todo o país tem apelado para a IA, tornando claro que a inteligência artificial tem deixado de ser apenas um recurso de filmes futuristas para se tornar realidade no dia a dia dos condomínios brasileiros. Sistemas inteligentes de controle de acesso, reconhecimento facial, análise de comportamento e integração com aplicativos de moradores estão transformando a forma como síndicos e administradoras garantem a segurança de prédios e residenciais.

 

Essa evolução tecnológica não apenas aumenta a eficiência na identificação de visitantes e prestadores de serviços, mas também reduz custos e riscos operacionais. Portarias remotas aliadas à IA são capazes de reconhecer padrões, identificar situações suspeitas e até acionar protocolos preventivos antes que um incidente aconteça.

 

Para o advogado condominial Luiz Fernando Maldonado, a chegada dessa tecnologia marca uma virada de chave na gestão condominial:

 

- “A Inteligência Artificial está se tornando uma aliada estratégica dos condomínios. Além de agilizar o acesso, ela gera relatórios completos, integra dados de diferentes fontes e contribui para decisões mais rápidas e seguras. É um avanço que, se bem implementado, aumenta a proteção e a tranquilidade dos moradores sem comprometer a privacidade”, explica.

 

Entre as novidades mais recentes no mercado, destacam-se:

  • Reconhecimento facial 3D: mais preciso e resistente a tentativas de fraude com fotos ou vídeos.
  • Leitura automática de placas: integração com bancos de dados para identificar veículos autorizados.
  • Monitoramento comportamental inteligente: detecção de movimentações incomuns em áreas restritas.
  • Integração com aplicativos condominiais: acesso liberado via smartphone, com registro automático no sistema.

 

Maldonado ressalta, porém, que o uso da tecnologia deve vir acompanhado de cuidados jurídicos:

 

- “A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) exige que todo armazenamento e tratamento de informações respeite a privacidade e a finalidade para a qual os dados foram coletados. Os síndicos precisam estar atentos para evitar problemas legais e garantir que a tecnologia seja uma solução, e não um risco.”

 

O cenário aponta que, nos próximos anos, os condomínios que adotarem IA de forma estratégica estarão não apenas mais seguros, mas também mais valorizados no mercado imobiliário. A segurança, antes vista como um custo, passa a ser percebida como investimento — capaz de gerar confiança e atratividade para compradores e inquilinos.

 


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