05/10/2022 às 15h00min - Atualizada em 05/10/2022 às 15h00min

A importância de mulheres ocuparem espaços de poder na política

Apenas com o Código Eleitoral de 1932, há 90 anos, o voto feminino foi autorizado em todo o Brasil. As brasileiras então puderam ir às urnas e eleger seus representantes. Entre eles, foi eleita uma mulher, Carlota Pereira de Queirós, em São Paulo, deputada pioneira no Parlamento.
Com mais sensibilidade, e muitas vezes, com olhar mais humano sobre questões importantes do cotidiano, o interesse das mulheres sobre a política foi ampliado. 
 
Segundo TSE, em 2020, nas eleições que definiram os novos vereadores, foram 187 mil candidatas, contra 370 mil candidatos homens. Já nas eleições que definiram novos chefes do Executivo, foram eleitas 677 prefeitas, contra 4.885 prefeitos eleitos. 
 
Já nas eleições de 2022, antes das definições acerca dos novos parlamentares, as mulheres ocupavam 15% das cadeiras na Câmara dos Deputados, e apenas 13% no Senado. Em 2023, o número de deputadas na Câmara passará de 77 para 91, incluindo nomes fortes do bolsonarismo, e estreia de transexuais. Já no Senado, quatro mulheres foram eleitas: as ex-ministras do presidente Jair Bolsonaro (PL) Damares Alves (Republicanos-DF) e Tereza Cristina (PP-MS), a deputada estadual Teresa Leitão (PT-PE) e a ex-deputada federal Professora Dorinha (União-TO).
 
Em Ribeirão Preto, dos 22 vereadores, apenas três são mulheres. 
Segundo a advogada Márcia Pieri, à frente do Programa Mãos Estendidas, que cuida de mulheres vítimas de violência, a maior presença feminina na política ofereceria uma série de benefícios:
- “As mulheres carregam uma sensibilidade de enxergar coisas que muitos homens ainda não conseguem. Vejo o trabalho que desenvolvemos na ONG. Quantas mulheres poderiam estar em uma situação melhor, caso houvessem políticas públicas eficazes e que garantissem maior proteção às vítimas de violência”, explicou.
 
Segundo ela, que concorreu ao Legislativo nas últimas eleições, obtendo 526 votos da população ribeirão-pretana, é preciso que as pessoas observem as mulheres como opções para o futuro.
- “Nós precisamos entender que as mulheres são fortes. Carregamos o dom da criação. Lutamos pela vida! Só isso já seria o suficiente para significar maior escolha pelas mulheres na política. Contudo, eu percebo que temos mais sensibilidade para notar a dor do outro. Sabemos olhar para baixo com mais facilidade”, enfatizou a advogada, que já projeta o cenário de 2024.
- “Penso que a presença feminina será maior. Podemos fazer muito pelas nossas cidades. Há muitas lágrimas para serem enxugadas. Há muitas ideias que estão paradas e que precisam se transformar em projetos de lei para ajudar o maior número de pessoas. Afinal, existem dois tipos de pessoas no mundo. As mulheres, e os filhos delas”, finalizou.


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