Diariamente, inúmeras mulheres são vítimas dos mais variados tipos de violência em todo o Brasil e infelizmente, traumas são criados e relações desconstruídas, dificultando o recomeçar. Enquanto lágrimas caem, o olhar de muitas segue perdido no horizonte, na ânsia por dias melhores. Após o muro estabelecido pela brutalidade de homens que teimam em caminhar nas veredas da agressividade, aprisionando mulheres nas teias da mágoa e do medo, é preciso vencer a névoa da desconfiança para seguir adiante. Ciente da realidade de muitas mulheres, agravada pela pandemia e pelo desemprego, o Programa De Mãos Estendidas - que estende as mãos para mulheres que estejam vivendo algum tipo de vulnerabilidade social em Ribeirão Preto – defende a atuação de serviços com estrutura profissional para o fortalecimento e autonomia das mulheres. - “A demanda existe. Infelizmente muitas mulheres dependem de boas ações para prosseguirem com suas vidas e permitir o aflorar de novos sonhos. Por isso o Programa De Mãos Estendidas trata das crenças disfuncionais a respeito de não se sentirem capazes de resolver suas questões, tanto emocionais, quanto financeiras e profissionais, gerando autonomia de dentro pra fora”, explicou Márcia Pieri, fundadora do Programa De Mãos Estendidas. O Programa, que atua com equipe técnica especializada, permite resultado mais rápido do que muitas mulheres imaginam, de modo a produzir resultados incríveis na vida familiar.
Nos últimos dias, o Programa De Mãos Estendidas lançou um livro – O “Aconteceu comigo – Vivendo um dia de cada vez”, onde narra a história de vida de mulheres que decidiram ressignificar suas vivências. A obra foi desenvolvida por mulheres participantes da Oficina Qualidade de Vida, realizada pelo Programa. - “Nossa intenção foi permitir troca de experiências e, acima de tudo, permitir que as mensagens cheguem a outras mulheres. Afinal, quando as pernas vacilam, é preciso oferecer muletas que permitam novos e decisivos passos”, finalizou Márcia Pieri.