29/03/2023 às 14h59min - Atualizada em 29/03/2023 às 14h59min

Após golpe milionário, advogada orienta sobre como proceder em casos assim

Divulgação
Na última semana clientes de um escritório de investimentos, localizado em Ribeirão Preto, procuraram a Polícia. O motivo: eles não conseguiam realizar resgates dos valores investidos. A estimativa é que o grupo tenha investido, no total, mais de R$ 200 milhões. A informação é que o responsável teria fechado a empresa e dito a funcionários que não tem mais capital.

O investimento mínimo era de R$ 10 mil reais.

- “O que aconteceu em Ribeirão Preto tem todas as características de um esquema que tem até nome: chama-se Esquema de Ponzi – esquema de pirâmide que tem características bem comuns e frequentes. Imagino que a investigação policial possa ir neste sentido”, explicou a advogada Natália Marques.

A maioria das vítimas optou pela financeira, em busca de rendimentos maiores. Infelizmente, não foi isso o que aconteceu.

- “O que ocorreu em Ribeirão Preto, infelizmente acontece em outras partes do país. Recentemente tivemos a história do ex-jogador do Palmeiras, Gustavo Scarpa, vítima de um esquema parecido. E o pior é pensar que outros fatos podem estar acontecendo neste momento, fazendo inúmeras outras vítimas”, explicou a especialista.

No caso de Ribeirão Preto, a empresa tem sede na cidade, além de redes sociais fortes. Além disso, a promessa era de 3% de rentabilidade ao mês. 

- “São valores que mexem com qualquer pessoa que queira investir. O problema é que, embora de início o retorno ocorra, muitas vezes, em determinado momento – quando não há o número de ingressantes necessário - a bolha estoura por falta de capital. É justamente neste momento em que começam a haver atrasos no resgate ou até mesmo a falta de recursos”, explicou.

Segundo ela, é possível que a pessoa identifique que esteja sendo vítima de um golpe, diminuindo assim a incidência de casos parecidos em todo o Brasil.

- “A primeira coisa é desconfiar. Depois é preciso estudar um pouco o mercado, analisando quais os rendimentos dos grandes bancos, que estão acostumados com isso. Além disso, é preciso saber se tais investidores têm registro na CVM – Comissão de Valores Mobiliários – e se o citado registro dá o direito de captar valores de terceiros para posterior investimento. Observando isso, já é possível filtrar bem e evitar ser vítima de um golpe”, finalizou a advogada Natália Marques.
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