Ribeirão Preto ocupa o quarto lugar entre as cidades que mais abriram contas de MEI’s

Por Paulo Barretto – advogado
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Dados recentes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico mostram que Ribeirão Preto ocupa o quarto lugar entre as cidades que mais abriram contas de Microempreendedores Individuais no Estado de São Paulo. Estima-se que, ainda no mês de março, o número chegou a 715 novos empreendedores.
Isso se dá, em parte, pela facilidade do cadastro: basta acessar o site do governo, conferir os requisitos, estar em posse da documentação necessária e seguir o passo a passo da plataforma.
Recomenda-se atenção, contudo, aos limites que a lei impõe a essa categoria. O Microempreendedor Individual não poderá ser ou se tornar titular, sócio ou administrador de outra empresa, não poderá ter ou abrir filial e poderá contratar no máximo um empregado, que receba um salário mínimo ou o piso da categoria. Quanto ao faturamento, este deverá se limitar a R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais) por ano, ou R$ 6.750,00 (seis mil setecentos e cinquenta reais) por mês.
Apesar da simplicidade, o desenvolvimento de um negócio bem sucedido e duradouro demanda trabalho. Sabe-se que os dois primeiros anos são os mais desafiadores para microempreendedores, por ser um período de aprendizado na administração do negócio. Por esse motivo, é preciso que o profissional busque aperfeiçoar suas habilidades de gestão e se capacitar tecnicamente para melhorar suas chances.
É importante que se faça uma boa pesquisa do mercado em que vai atuar, especialmente sobre o produto ou serviço que pretende comercializar. Da mesma forma, o profissional deve definir o seu público-alvo e fazer um bom planejamento estratégico.
Na parte financeira, o foco é o controle, para que se evite misturar o caixa pessoal com o caixa da empresa. É importante, também, ter um bom capital de giro e um estoque compatível com a realidade do seu negócio.
Para escapar da estatística de dois anos de duração média que se observa no mercado, o microempreendedor deve se preocupar em fazer cursos de gestão e receber consultorias para criar um negócio bem sucedido. Além disso, é essencial buscar um controle contábil adequado e uma assessoria jurídica que entenda do seu negócio, especialmente em se tratando de análises contratuais e de planejamento patrimonial. Uma boa assessoria também é fundamental para identificar os pontos fortes do seu empreendimento, as fraquezas, as oportunidades e as possíveis ameaças.