20/11/2024 às 05h49min - Atualizada em 20/11/2024 às 05h49min

5 dicas para mães de prematuros lidarem com a culpa e fortalecerem o vínculo com o bebê

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Novembro Roxo, mês de conscientização sobre a prematuridade, destaca a realidade de milhares de famílias no Brasil. A cada ano, 12% dos bebês nascem antes das 37 semanas de gestação, o que representa cerca de 340 mil casos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para muitas mães, além dos cuidados com o bebê, surgem sentimentos como medo, ansiedade e culpa.

“Muitas mães se questionam se poderiam ter feito algo diferente, mas é importante lembrar que a prematuridade envolve fatores multifatoriais, muitas vezes fora de controle”, explica Rafaela Schiavo, psicóloga perinatal e fundadora do Instituto MaterOnline. 

Ela também reforça que acolher as próprias emoções é fundamental para enfrentar esse período. “Cuidar da saúde mental reflete diretamente no bem-estar do bebê. Informação, rede de apoio e atenção às próprias necessidades ajudam as mães a atravessarem esse momento com mais equilíbrio”.

Para ajudar as mães a enfrentar esse momento, a psicóloga reuniu cinco dicas. 

1) Procure informações confiáveis
Entender as necessidades do bebê prematuro ajuda a reduzir a ansiedade. Converse com a equipe médica sobre os cuidados essenciais e evite fontes não confiáveis, que podem gerar mais insegurança.

2) Busque ajuda para aliviar a sobrecarga
Os cuidados diários e o período de internação podem ser exaustivos. Divida tarefas com a sua rede de apoio, como familiares ou amigos. Pedir ajuda é importante para preservar o seu equilíbrio físico e emocional. 

3) Pratique o método canguru
Sempre que possível, mantenha o bebê em contato direto com sua pele. O método canguru fortalece o vínculo, contribui para o desenvolvimento do bebê e ajuda na regulação térmica, sendo uma prática muito valiosa para mães de prematuros.

4) Cuide da sua saúde emocional
A culpa é um sentimento comum, mas precisa ser acolhido. A sociedade impõe à mãe a ideia de controle total, mas essa visão não reflete a realidade. Buscar suporte psicológico ajuda a lidar com essas emoções e evita que elas se tornem um peso excessivo.

5) Confie no seu instinto materno
Além de seguir as orientações médicas, a intuição da mãe é uma aliada importante. Cada bebê é único, e a percepção materna sobre as necessidades do filho é um recurso valioso para fortalecer o vínculo.

 

Quem é Rafaela Schiavo?
Profª-Dra. Rafaela de Almeida Schiavo é psicóloga perinatal e fundadora do Instituto MaterOnline. Desde sua formação inicial, dedica-se à saúde mental materna, sendo autora de centenas de trabalhos científicos com o objetivo de reduzir as elevadas taxas de alterações emocionais maternas no Brasil.

Possui graduação em Licenciatura Plena em Psicologia e em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Além disso, concluiu seu mestrado em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem e doutorado em Saúde Coletiva pela mesma instituição. Realizou seu pós-doutorado na UNESP/Bauru, integrando o Programa de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Desenvolvimento Humano, atuando principalmente nos seguintes temas: Desenvolvimento pré-natal e na primeira infância; Psicologia Perinatal e da Parentalidade. 


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