25/11/2024 às 08h41min - Atualizada em 25/11/2024 às 08h41min

Erradicada no Brasil, poliomielite pode voltar a afligir as crianças do país

Comunicação Iamspe

A poliomielite é uma doença viral que pode paralisar membros inferiores, especialmente em crianças. Com a cobertura vacinal abaixo de 95% desde 2016, o Brasil corre risco iminente do retorno do problema de saúde. A doença está erradicada no país desde 1989, por meio da única forma de prevenção: a vacina. Por isso, todas as crianças menores de cinco anos devem ser imunizadas.

A poliomielite é transmitida por meio de água e alimentos contaminados, mas também pelo contato direto com pessoas com o vírus. O quadro da doença pode se diferenciar de outras infecções virais, pois o seu agente causador apresenta o que é chamado de “neurotropismo”, ou seja, atinge preferencialmente o sistema nervoso central. Por esse motivo pode prejudicar os movimentos corporais dos infectados.

Os casos de paralisia podem afetar de dois a quatro membros, o que causa a tetraplegia e prejudicando os movimentos e qualidade de vida da pessoa.  Também pode comprometer a função pulmonar, exigindo o uso de ventilação mecânica para suporte à vida.Pacientes com alterações neurológicas agudas devem procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível, pois a reabilitação nessas situações é mais longa.

São diversos os motivos que podem levar ao ressurgimento de casos de poliomielite no Brasil. Entre as possíveis razões estão: pais e responsáveis que deixam de vacinar os filhos por falta de tempo, medo de reações adversas e desinformação sobre os imunizantes e as doenças. Também piora a situação o compartilhamento de “fake news” relacionadas ao assunto.

Existem três tipos de vírus da poliomielite, mas eles não se modificaram ao longo dos anos, como o da Covid-19. O esquema vacinal contra a doença é seguro. O imunizante tem o vírus inativado, sendo aplicado com três doses – no segundo, quarto e sexto mês de vida. Um reforço é aplicado aos 15 meses de vida.

A vacina contra a poliomielite traz segurança e a certeza de que as imunizações são responsáveis pelo aumento da expectativa de vida de nossa população. Assim, a manutenção da cobertura vacinal é essencial para que possamos evitar o ressurgimento e, felizmente, ter a erradicação global da doença.

Dra. Andrea Almeida é infectologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE)

Sobre o Iamspe

O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) é o sistema de saúde do servidor público estadual. Com uma rede de assistência própria e credenciada presente em mais de 160 municípios, o Iamspe oferece atendimento a 1,3 milhão de pessoas, entre funcionários públicos estaduais e seus dependentes.

São mais de duas mil opções de atendimento no Estado, incluindo hospitais, clínicas de fisioterapia, médicos e laboratórios de análises clínicas e de imagem, além de postos de atendimentos próprios no interior, os Ceamas, e o Hospital do Servidor Público Estadual, na Capital. O Iamspe é um órgão do Governo do Estado de São Paulo, vinculado à Secretaria de Gestão e Governo Digital.


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