De acordo com a pesquisa + Valor, feita pela Ticket, marca da Edenred Brasil de Benefícios e Engajamento, em mais de 810 restaurantes de São Paulo, uma refeição completa (prato, bebida, sobremesa e café) custa, em média, R$59,67 na capital paulista. Isso significa 12% de aumento em relação ao ano anterior, quando a mesma refeição custava R$53,12.
Na análise regional, os custos e aumentos se deram de maneira desigual pela cidade. Na Zona Leste foi encontrado o preço médio mais baixo, mas também o maior aumento em relação a 2023: de R$45,23 para R$52,14 (15% de acréscimo). Já na Zona Oeste, o consumidor paga o maior preço, R$65,27, ante os R$57,81 que desembolsava no ano anterior (aumento de 13%). O mesmo aumento ocorreu na Zona Sul, onde o preço passou de R$54,89 para R$62,11. No Centro da cidade, o valor médio da refeição também aumentou 13%, passando de R$52,03 para R$58,75. Por fim, na Zona Norte houve o menor aumento (+ 8%) e o preço médio passou de R$55,54 para R$60,06.
Os incrementos são ainda mais expressivos quando comparados a 2019. Na análise do comportamento do setor nos últimos cinco anos, o preço de uma refeição completa aumentou 64% na capital, mais de 30 pontos percentuais acima da inflação brasileira, já que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cresceu 33,14% no mesmo período. A Zona Oeste, onde a refeição custava em média R$36,98, e a Zona Norte, onde custava R$34,93, foram as regiões que apresentaram o maior incremento no período, de 76% e 72%, respectivamente. Já o Centro foi a região com o menor aumento percentual: de 52%, sendo que há cinco anos a refeição completa custava, em média, R$38,73 na região. Ainda assim, o acréscimo foi superior a R$20. Na Zona Leste o aumento foi de 56% e na Zona Sul os preços subiram 66%: em 2019 a refeição custava R$33,46 e R$37,42, de modo respectivo.
Pesquisa + Valor 2024 - Ticket | |||
| Preço médio da refeição completa em 2019 | Preço médio da refeição completa em 2023 | Preço médio da refeição completa em 2024 |
Cidade de São Paulo | R$36,33 | R$53,12 | R$59,67 |
Centro | R$38,73 | R$52,03 | R$58,75 |
Norte | R$34,93 | R$55,54 | R$60,06 |
Sul | R$37,42 | R$54,89 | R$62,11 |
Leste | R$33,46 | R$45,23 | R$52,14 |
Oeste | R$36,98 | R$57,81 | R$65,27 |
Ainda segundo o levantamento, os consumidores podem pagar até 149,4% a mais por uma refeição no horário de almoço dependendo do tipo de serviço escolhido na cidade de São Paulo. Se optar, por exemplo, por um prato comercial, opção mais barata, a refeição sai a um preço médio de R$40,00, enquanto em um restaurante a la carte, a refeição completa custa, em média, R$99,76. Já o trabalhador que optar pelo autosserviço (ou self service), irá desembolsar R$52,41, e o que prefere o prato executivo (opção mais econômica oferecida em restaurantes a la carte durante a semana) deve pagar, em média, R$58,61.
A Zona Leste é o local mais barato para as opções comercial (R$33,95), self-service (R$44,60) e executivo (R$51,13). Já a Zona Norte se destaca com a opção mais barata para quem optar pelo a la carte: R$76,74 em média na região. Por outro lado, a Zona Oeste é o local mais caro para as opções comercial (R$ 49,30) e self-service (R$ 58,17), enquanto a Zona Sul se mostra mais cara para o trabalhador que optar pelo executivo (R$62,78) ou à la carte (R$123,95). A diferença do prato à la carte na região mais cara (zona Sul) e mais barata (zona Norte) passa de R$47.
Além disso, o serviço a la carte foi o que apresentou maior aumento na cidade de São Paulo nos últimos cinco anos. Em 2019, ele custava R$54,98 e passou a custar, em média, R$99,76 em 2024, aumento de 81,45%. Na sequência, o self-service, que há 5 anos era encontrado a um valor médio de R$36,67, encareceu cerca de 42,94% no período. Já o comercial teve um incremento de 31,49% - em 2019 custava em média R$30,42. Por fim, o executivo foi o que menos aumentou: em 2019 era encontrado a R$48,35, registrando aumento de 21,22% no período de cinco anos.
“Alguns fatores podem contribuir para essa diferença nos preços, como valor do aluguel dos imóveis, concentração de pessoas e renda per capita da população em cada região. A competição entre os pontos de venda, a sazonalidade dos alimentos e, até mesmo, a estrutura do restaurante também influenciam no preço final que o consumidor paga. Restaurante self-service, por exemplo, não têm custos com garçons atendendo as mesas, diferentemente do à la carte”, comenta Natália Ghiotto, diretora de produtos da Ticket.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
THAIS E SILVA
[email protected]