Transformar um negócio nacional em uma operação com presença internacional deixou de ser um sonho distante para empreendedores brasileiros. Cada vez mais empresas têm migrado ou expandido suas operações para os Estados Unidos — em busca de estabilidade jurídica, novas oportunidades de mercado e a chance de faturar em dólar.
Mas como fazer isso de forma prática, segura e viável?
Para Danila Rizo Palmieri, especialista em internacionalização e CEO da Connect Solutions, o primeiro passo é mudar o olhar: - “Não é mais sobre apenas abrir uma empresa nos EUA. É sobre criar uma operação saudável, que respeite as regras locais, aproveite os benefícios fiscais e abra portas reais de crescimento”.
Passo 1: Estrutura jurídica
O primeiro passo é definir a estrutura da nova empresa no exterior — geralmente uma LLC ou uma Corp, dependendo dos objetivos fiscais, societários e do modelo de negócio.
- “Muitos empreendedores cometem o erro de abrir uma empresa sem entender as implicações legais e tributárias. A estrutura errada pode gerar problemas sérios com o fisco americano”, alerta Danila.
Passo 2: Planejamento tributário e financeiro
Outro ponto essencial é fazer um planejamento financeiro e tributário internacional, considerando impostos no Brasil e nos EUA, possibilidades de isenção por tratados e a forma de envio de recursos.
- “Com a estrutura correta, é possível operar com segurança e eficiência, inclusive mantendo parte da operação no Brasil e escalando a parte internacional de forma progressiva”, afirma Danila.
Passo 3: RH e compliance
Para empresas que pretendem operar com funcionários nos EUA, é essencial cuidar da conformidade trabalhista e do processo de contratação, respeitando leis locais e evitando riscos legais.
A Connect Solutions, por exemplo, oferece um ecossistema completo, cuidando do RH de ponta a ponta, contabilidade, abertura da empresa, assessoria jurídica e até estruturação comercial. Tudo com um único objetivo: libertar o empreendedor para focar no crescimento.
Passo 4: Posicionamento e expansão comercial
Com a empresa estruturada, o próximo passo é posicionar a marca no mercado americano, que exige uma abordagem diferente do brasileiro. Site, marca, atendimento, documentação e até a forma de se comunicar precisam ser ajustados.
- “Não adianta chegar com a mesma proposta do Brasil. É preciso localizar o modelo de negócio e entender o comportamento do consumidor americano. A boa notícia é que o Brasil tem soluções incríveis que são muito valorizadas lá fora”, explica Danila.
A virada de chave: propósito e atitude
Mais do que técnica, internacionalizar é sobre coragem, planejamento e visão de longo prazo. Para Danila, empreender no exterior é possível para qualquer empresa brasileira, desde que feita com orientação certa.
- “O empreendedor brasileiro é resiliente por natureza. Com as ferramentas certas, ele consegue se destacar no mercado mais competitivo do mundo. Faturar em dólar é uma consequência de quem pensa grande e age com estratégia”, finaliza.