Com crédito tradicional esgotado, Ecoagro aponta mercado de capitais como nova fronteira do agro no Congresso ANDAV 2025
Securitizadora destaca oportunidades e desafios da integração do agro com investidores do mercado financeiro
JOSé LUCAS MORAIS
11/08/2025 12h05 - Atualizado há 9 horas
Andav 2025
O financiamento do agronegócio brasileiro chegou a um ponto de inflexão. Diante de juros elevados, margens reduzidas e um modelo de crédito rural cada vez mais ineficaz, cresce o consenso de que a agricultura nacional precisa de uma nova base de sustentação financeira. E para a Ecoagro, essa base está no mercado de capitais. A afirmação ganhou força durante o Congresso ANDAV 2025, realizado de 05 a 07 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Em um dos painéis mais aguardados do evento, “Crédito na Distribuição”, o sócio fundador da Ecoagro, Moacir Teixeira, foi enfático ao defender que o modelo público de crédito rural está esgotado e que insistir nele é como manter de pé um “prédio em ruínas”. “Estamos insistindo em puxadinhos num sistema que já não se sustenta. É hora de redesenhar o crédito rural com base em instrumentos modernos e sustentáveis, que já existem e estão no mercado de capitais”, afirmou Teixeira. A Ecoagro se consolidou como uma das principais provedoras de recursos para o agronegócio brasileiro. Esses números refletem a confiança do mercado na capacidade da empresa em estruturar soluções financeiras inovadoras que atendam às necessidades do setor. Com 18 anos de atuação no setor, vem liderando essa transformação com a estruturação de operações via FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) e outros ativos que democratizam o acesso ao crédito, especialmente para produtores de pequeno e médio porte. A empresa já emitiu mais de R$ 80 bilhões em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e administra R$ 6,5 bilhões em fundos sob gestão. Segundo a empresa, os FIDCs oferecem prazos mais adequados, maior flexibilidade e ajudam a reduzir a dependência do crédito subsidiado. O painel, mediado por André Pessoa, também contou com a participação de Carlos Aguiar Neto, diretor de Agronegócios do Banco Santander, que destacou a urgência da gestão financeira eficiente como resposta ao cenário de rentabilidade apertada. Já Filipe Paiva, sócio fundador da Unibarter (Grupo Uniagro), abordou como o crédito estruturado e as operações de barter estão se adaptando ao novo perfil do produtor, mais atento ao custo do financiamento e à sustentabilidade do negócio. Para a Ecoagro, o fortalecimento do mercado de capitais é mais do que uma tendência, é uma necessidade estrutural. Ao conectar investidores a cadeias produtivas do campo com mais agilidade, segurança e previsibilidade, a empresa acredita estar pavimentando o caminho para um agro mais moderno, resiliente e financeiramente sustentável. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
JOSE LUCAS SILVA DE MORAIS
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