Em um setor sensível a choques econômicos, variações cambiais e picos sazonais de demanda, o modelo de negócios conhecido como ACMI (Aircraft, Crew, Maintenance and Insurance) tem se consolidado como uma resposta moderna para o fortalecimento da aviação — com previsibilidade nas operações e ganho de eficiência para as companhias aéreas brasileiras.
Com base legal no país desde a Lei nº 14.368, de junho de 2022, que atualizou pontos relevantes do marco regulatório da aviação civil brasileira, o modelo ACMI ganhou reconhecimento formal como uma alternativa segura e eficaz para ampliar a capacidade operacional de companhias aéreas regulares, sem necessidade de aquisição permanente de aeronaves.
“O modelo ACMI é uma ferramenta de apoio à aviação nacional, não de concorrência. Trabalhamos para que as companhias aéreas brasileiras tenham mais agilidade, mais resiliência e menos exposição a riscos”, afirma Esteban Jauregui Lorda, CEO da operação no Brasil.
Eficiência, agilidade e compliance regulatório
Ao operar sob contrato com as companhias aéreas contratantes, a empresa ACMI fornece aeronave, tripulação, manutenção e seguro, entregando uma solução completa, segura e em conformidade com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
A Avion Express Brasil obteve sua licença da ANAC em fevereiro de 2024 e já conta com mais de 70 colaboradores brasileiros contratados localmente — entre pilotos, comissários, engenheiros e especialistas em operações. O modelo também segue integralmente as leis trabalhistas brasileiras.
“Temos uma operação regulada, transparente e que gera empregos qualificados no Brasil. Nosso compromisso é apoiar o crescimento da malha aérea nacional de forma responsável, com previsibilidade e estrutura”, reforça Esteban Jauregui Lorda, CEO da companhia no Brasil.
Menos riscos, mais flexibilidade e crescimento sustentável
Um modelo invisível para o passageiro, mas essencial para o futuro da aviação brasileira.
Com operação em 17 bases globais e presença em todos os continentes, a Avion Express escolheu o Brasil como um mercado estratégico para o avanço do modelo ACMI na América do Sul.
“A aviação brasileira tem muito espaço para crescer, mas isso exige ferramentas modernas e inteligentes. O modelo ACMI fortalece o setor — ao oferecer capacidade extra de forma regulada, flexível e com previsibilidade nas operações”, conclui Esteban.
O que isso significa para passageiros e tripulantes?
Na maioria das vezes, os passageiros nem percebem que estão voando com uma companhia ACMI. Às vezes, o nome do operador aparece no cartão de embarque, mas o serviço a bordo (incluindo a aparência da tripulação) costuma ser igual ao de qualquer outra companhia. Quando o contrato com a companhia aérea parceira é mais longo, é comum até que o avião seja pintado com as cores da empresa contratante para garantir uma experiência mais fluida ao passageiro.
Para os pilotos, voar no modelo ACMI oferece uma experiência diferente da aviação tradicional. Em vez de operar rotas fixas, o piloto ACMI lida com uma demanda mais variável, o que significa mudanças frequentes de rota e base.
“Como piloto ACMI, você pode ser baseado em diferentes lugares por períodos curtos, tempo suficiente para conhecer mais do que o saguão do aeroporto, mas não tão longo a ponto de ficar longe de casa por meses. Há um mito de que o ACMI é mais sazonal do que estável, mas, na verdade, ele é apenas mais dinâmico. Voamos aproximadamente o mesmo número de voos ao longo do ano, só que em locais diferentes”, explica Esteban.
Durante essas rotações, a empresa ACMI geralmente cuida de toda a logística de viagem e hospedagem dos pilotos (passagens, hotéis, transporte) para que eles possam focar apenas no voo. O objetivo é permitir que ele se concentre no que faz melhor, enquanto a empresa cuida do resto.
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MARIA FERNANDA GUIDA ESCOBAR CARVALHAES
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