27/09/2022 às 10h00min - Atualizada em 27/09/2022 às 10h00min

Procedimento cirúrgico auxilia no tratamento de pacientes em estágio avançado de Parkinson

Divulgação
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que pelo menos 1% da população mundial acima de 60 anos possui diagnóstico da Doença de Parkinson. No Brasil, a enfermidade atinge mais de 200 mil pessoas. De acordo com o neurocirurgião Dr. Eduardo Quaggio, embora ainda não exista uma cura para o problema, o estimulador cerebral pode ser uma medida de controle eficiente, que devolve humor e qualidade de vida aos pacientes.
“Nos estágios iniciais do Parkinson, o tratamento consiste basicamente em medidas farmacológicas, porém, quando os sintomas da doença avançam para uma condição mais grave, a implementação da técnica de estimulação profunda (deep brain estimulation (DBS), em inglês) se apresenta como uma saída viável”, explica o especialista.
Reconhecida como uma modalidade de neuromodulação, o Dr. Eduardo comenta que a cirurgia instala um marca-passo cerebral para regular as funções motoras. “Através de eletrodos implantados no cérebro usa-se eletricidade para alterar a atividade neuronal local a fim de atenuar sintomas de algumas doenças, como o Parkinson, além de outros tipos de movimentos involuntários, dores crônicas e até mesmo doenças psiquiátricas.”
O neurocirurgião ainda explica que embora o procedimento reduza os tremores e a rigidez causados pela doença de Parkinson, não há maneira de impedir a progressão do problema, o que torna necessário um aumento da intensidade de estimulação ao longo do tempo.  "Dessa forma, o procedimento tem como principal objetivo devolver o humor e a qualidade de vida ao paciente pelo máximo de tempo possível".
Diante desse cenário, a técnica é recomendada apenas aos pacientes que se encontrem em estágios avançados do Parkinson, com exceção daqueles em que as particularidades de um procedimento cirúrgico possam apresentar um risco agravado de complicações devido a presença de outras doenças, como as condições cardiovasculares, por exemplo.
 
 
Quem é o Dr. Eduardo Quaggio?
Dr. Eduardo Quaggio é médico formado Faculdade de Medicina de Rio Preto (FAMERP), em São José do Rio Preto (SP), com residência médica em neurocirurgia pela mesma instituição.
Membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia desde 2009, Quaggio reúne em seu currículo estágio em neurocirurgia funcional no departamento de neurocirurgia funcional do Hospital das Clínicas de São Paulo da Universidade De São Paulo (USP) e estágio em neurocirurgia funcional em Cleveland Clinic, nos Estados Unidos.
Atualmente, trabalha em Ribeirão Preto como neurocirurgião geral, com foco principalmente em neurocirurgia funcional. Na região, atua no corpo clínico dos hospitais: Hospital Imaculada Conceição (Ribeirão Preto), Hospital São Paulo (Ribeirão Preto), Hospital São Lucas (Ribeirão Preto), Hospital São Francisco (Ribeirão Preto), Maternidade Sinhá Junqueira (Ribeirão Preto), e Hospital Neto Campello (Sertãozinho).
Também faz parte do corpo clínico do Instituto da Coluna de Ribeirão Preto e do Instituto Neuropulse de Neurologia e Neurocirurgia e preceptor de neurocirurgia do Programa de Residência Médica pelo Hospital Beneficência Portuguesa de Ribeirão Preto.

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