Artigo: O hexa vem?

Logo mais o Brasil encara Camarões pela terceira rodada da fase de grupos da Copa do Mundo. A tendência é que, mesmo com o time reserva, nossa Seleção conquiste os três pontos e se garanta na primeira posição do grupo, o que “em tese” asfaltaria caminho mais seguro, permitindo sentir mais de perto a semifinal da competição.
 
Vale lembrar que, seja Uruguai ou Gana nas oitavas, Croácia ou Japão nas quartas, não há mais bobo no futebol. Hoje o esporte mais popular do mundo está globalizado, e todas as seleções contam com atletas na prateleira de cima do futebol mundial.
 
Embora haja criticas ao técnico Tite pelo fato de a Seleção jogar com time B, todos nós sabemos que o Brasil volta a campo logo na segunda-feira. Na avaliação do comandante canarinho, agora é o momento certo para permitir o repouso de alguns atletas fundamentais.
 
Por outro lado, o caminho parece pavimentado até as semifinais por razões de camisa. Ao mesmo tempo, a Argentina, vacinada contra si mesma em função da derrota no primeiro jogo, aponta como outra favorita em função da forma como vem jogando.
 
Se futebol tivesse lógica, poderíamos dizer que um dos dois estará na final, embora a Argentina deva enfrentar a Holanda logo nas quartas, em outro clássico mundial.
 
Por outro lado, a Itália não está na Copa, Alemanha foi eliminada, França está amplamente desfalcada (embora seja também favorita), e a Espanha foi superada pelo Japão. Já a Inglaterra, apesar dos excelentes resultados, precisa fazer mais para exorcizar a desconfiança acumulada nos últimos 56 anos.
 
Na Copa em que as seleções europeias parecem vacilar, Brasil ou Argentina podem chegar na final com favoritismo. Se isto acontecer, caberá concentração total durante noventa minutos para ganhar a eternidade.