Furtos e roubos de celulares caem 15,9% no estado de São Paulo, mas percepção pública ainda preocupa
Estudo da FECAP revela redução nos crimes, mas especialistas alertam sobre a necessidade de medidas preventivas e cooperação entre autoridades e população
KAíSA CHRISTINA ROMAGNOLI
21/01/2025 10h08 - Atualizado há 1 semana
Banco de Imagens
Dados divulgados recentemente pelo Centro de Estudos em Economia do Crime da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), demostram que entre janeiro e novembro de 2024 houve uma redução de 15,9% nos furtos e roubos de celulares no estado de São Paulo. Em 2023 foram registrados 294.841 para 247.890 em 2024 segundo a pesquisa. Apesar da redução significativa, o professor Erivaldo Vieira, responsável pela pesquisa, ressalta que a percepção pública sobre segurança ainda não acompanha os números.
Para o capitão da Polícia Militar e especialista em segurança pública Pedro Marcondes Thut Medeiros, além das ações do poder público, é fundamental que a população adote medidas preventivas para reduzir as chances de ser vítima desse tipo de crime. "Uma das dicas mais importantes é evitar o uso de celulares em locais públicos e movimentados, especialmente em transportes coletivos ou nas ruas à noite. Outra medida é sempre ativar os recursos de segurança dos dispositivos, como senhas e localizadores, que dificultam o uso do aparelho por criminosos e facilitam sua recuperação em caso de roubo", orienta.
A realidade por trás dos números é vivida por pessoas como Leandro Salustiano da Silva, taxista que teve seu celular roubado enquanto trabalhava no centro de São Paulo, próximo ao Terminal Parque Dom Pedro. "Eu estava parado, esperando o farol abrir, quando jogaram uma pedra no vidro do carro, quebraram e levaram meu celular. Além do prejuízo do aparelho, ainda tive que arcar com o conserto do vidro", relata. O incidente comprometeu tanto seu dia de trabalho quanto a continuidade de suas corridas, já que ele utilizava o celular como ferramenta essencial para sua profissão.
De acordo com o estudo da FECAP, a redução nos índices está associada a uma combinação de fatores, como a implementação de medidas do setor bancário, incluindo autenticação em dois fatores, tecnologias avançadas de bloqueio remoto e rastreamento de dispositivos pelos fabricantes, além da expansão dos seguros para celulares e alterações no comportamento dos usuários. “O seguro para celulares tem se tornado cada vez mais acessível e essencial. Ele não apenas protege o bem material, mas também oferece tranquilidade ao consumidor, especialmente em um cenário onde esses dispositivos são ferramentas essenciais no dia a dia”, destaca Reinaldo Zanon, CEO do Grupo Zanon e da Seguralta Franchising - Expansão.
A pesquisa evidencia que, embora avanços sejam notáveis, o trabalho conjunto entre autoridades e sociedade é indispensável para consolidar a segurança pública e reforçar a confiança nos esforços de prevenção.
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Kaísa Christina Romagnoli
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