No dia 3 de junho, é celebrado o Dia do Profissional de Recursos Humanos no Brasil, uma data que homenageia os responsáveis por promover o desenvolvimento humano e organizacional em um cenário cada vez mais desafiador e em constante transformação. De acordo com pesquisa da Ticket, marca da Edenred Brasil de Benefícios e Engajamento, realizada com mais de 300 profissionais de RH, os principais desafios enfrentados pela área são sobrecarga de tarefas, baixa produtividade e a falta de reconhecimento.
Diante desses obstáculos, 97% dos entrevistados demonstram otimismo em relação ao uso da inteligência artificial, apontando a tecnologia como uma aliada estratégica para transformar a profissão e superar esses entraves nos próximos anos. Ainda segundo o levantamento, apenas 3% acreditam que o impacto da IA nos processos do RH será negativo e 55% percebem que os colegas de trabalho também enxergam oportunidades no uso da IA. Somente 17% têm receio em relação à substituição de postos de trabalho.
A maioria dos profissionais (60%) já utiliza ferramentas de IA no dia a dia, sendo que 26% usam diariamente e 34% apenas de forma esporádica. No entanto, 53% afirmam não ter um bom entendimento sobre o funcionamento da tecnologia, o que aponta para uma lacuna de conhecimento.
“A tecnologia pode trazer grandes benefícios para a rotina de profissionais de Recursos Humanos. Portanto, é crucial que as empresas invistam na formação dos profissionais para que possam aproveitar ao máximo as vantagens da IA. Não basta simplesmente incorporar a Inteligência Artificial na rotina diária sem a preparação apropriada. Quanto mais capacitados para usá-la, maiores serão os benefícios em produtividade, rapidez e segurança”, comenta Tatiana Romero, Diretora de Recursos Humanos e Operações da Ticket.
Ainda que o otimismo em relação à tecnologia prevaleça, 68% dos profissionais disseram confiar apenas parcialmente na tecnologia e nas empresas que a utilizam, enquanto 2% não confiam. Segundo a executiva, “a ausência de um entendimento mais profundo pode, inicialmente, impedir que as pessoas depositem total confiança na eficácia da tecnologia. A expectativa é que, à medida que os profissionais vejam os resultados, essa preocupação diminua”.
Outro dado relevante da pesquisa diz respeito ao reconhecimento profissional. Cerca de 42% dos participantes afirmaram que não se sentem valorizados por outras áreas da empresa, enquanto 35% disseram que isso ocorre na maioria das vezes e 7%, que nunca se sentem valorizados. “Esse resultado é mais um alerta para as companhias, que devem criar ações que reforcem a importância estratégica do RH. Por sua vez, o próprio setor pode desenvolver mecanismos que o aproximem das demais áreas da empresa”, avalia a executiva.
Demandas burocráticas e processuais X produtividade no RH
De acordo com a pesquisa, as demandas burocráticas e processuais estão entre os fatores que mais impactam a produtividade, segundo 42% das pessoas entrevistadas. Em seguida, aparecem: quantidade excessiva de demandas variadas (23%), retrabalhos (19%), respostas a dúvidas de colaboradores (10%) e excesso de reuniões (6%).
O estudo revela também que 48% dos profissionais fazem horas extras pelo menos uma vez por semana: 28% trabalham além do horário três ou mais dias por semana, 13% estendem a jornada duas vezes na semana e 7% ficam além do expediente um dia por semana. Diante desses desafios, 28% dos participantes afirmaram que automatizariam processos como a principal mudança necessária para aumentar a produtividade na área.
Para Tatiana Romero, o tempo de descanso é essencial não apenas para a saúde e o bem-estar, mas também para manter a motivação e o bom desempenho. Ela destaca a automatização como aliada: “Horas extras precisam ser exceção, não regra. É importante que as empresas revejam seus processos, adotando automação sempre que possível, além de tecnologias e métodos que distribuam melhor as atividades. Bem utilizada, a tecnologia reduz o tempo dos processos e garante um trabalho mais eficiente e menos estressante”, finaliza.
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THAIS E SILVA
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