No Dia Mundial da Doença de Chagas, Lafepe reforça compromisso com produção contra a enfermidade no Brasil

Laboratório é referência nacional na produção do benznidazol, utilizado no tratamento da doença que ainda afeta milhares de brasileiros

MARIANA ARAúJO
13/04/2025 12h20 - Atualizado há 1 dia
No Dia Mundial da Doença de Chagas, Lafepe reforça compromisso com produção contra a enfermidade no Brasil
Lafepe/Divulgação

Neste 14 de abril, Dia Mundial da Doença de Chagas, o Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe) destaca sua atuação estratégica no enfrentamento de uma das doenças tropicais negligenciadas mais importantes da América Latina. O Lafepe é o único laboratório do Brasil que produz o benznidazol, medicamento essencial no tratamento da doença, e que integra a lista de medicamentos prioritários do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Doença de Chagas ainda afeta mais de 1,2 milhão de brasileiros, segundo estimativas da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), principalmente em regiões mais vulneráveis. Causada pelo parasita Trypanosoma cruzi, transmitido pelo inseto popularmente conhecido como "barbeiro", a doença pode levar a complicações cardíacas e digestivas graves. O benznidazol - produzido pelo Lafepe e distribuído para todo o Brasil pelo SUS - é atualmente o principal tratamento contra a doença. 

“Produzimos o benznidazol com o compromisso de atender a uma demanda de saúde pública que exige responsabilidade e excelência. Como único laboratório nacional com essa missão, o Lafepe tem um papel estratégico não apenas para Pernambuco, mas para todo o país”, afirma o presidente do Lafepe, Plínio Pimentel Filho.

“Além de garantir o abastecimento do SUS, temos orgulho de contribuir com políticas públicas voltadas à atenção integral das doenças negligenciadas, como a Doença de Chagas. Essa é uma ação que impacta diretamente a vida de pessoas que, muitas vezes, vivem em contextos de grande vulnerabilidade”, acrescenta o presidente do Lafepe, Plínio Pimentel Filho. 

Sobre o Benznidazol

O medicamento atua interferindo na síntese de proteínas do Trypanosoma cruzi, levando à morte do parasita e reduzindo a carga parasitária no organismo. Ele é fabricado no Lafepe em comprimidos de 100 mg e 12,5 mg, garantindo flexibilidade na dosagem, especialmente para crianças e pacientes que necessitam de ajustes individuais.

Doença de Chagas no Brasil 

A Doença de Chagas afeta mais de 1,2 milhão de brasileiros, dos quais 70% desconhecem a condição. No cenário global, o número de infectados chega a 6 milhões, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que utilizou indicadores do Sistema Único de Saúde (SUS) e fontes internacionais para a análise.  

Apesar de ser amplamente conhecida, a enfermidade permanece na lista de doenças negligenciadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Sem acompanhamento médico, os infectados correm maior risco de desenvolver problemas cardíacos severos, como arritmias e insuficiência cardíaca, além de uma alta probabilidade de morte súbita. A doença também afeta outros órgãos, incluindo o esôfago e o intestino, comprometendo a qualidade de vida.  

Causas e sintomas   

A Doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitido ao ser humano por meio do contato com fezes infectadas de insetos triatomíneos, conhecidos popularmente como "barbeiros". A transmissão ocorre, geralmente, quando o inseto defeca próximo à pele lesionada ou às mucosas (olhos e boca) durante sua alimentação.  

Os sintomas da Doença de Chagas variam de acordo com a fase da doença. Na fase aguda, que ocorre nos primeiros dois meses após a infecção, os sintomas incluem febre prolongada, inchaço no local da picada, fadiga, dor de cabeça, inchaço de linfonodos, dores musculares e aumento do fígado e baço. Já na fase crônica - registrada anos após a infecção, em pacientes não tratados - os principais sintomas são complicações cardíacas (arritmias, insuficiência cardíaca, aumento do coração, morte súbita) e complicações digestivas (aumento do esôfago, causando dificuldade para engolir, e aumento do intestino grosso, levando a constipação severa). 


 

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MARIANA DE ARAUJO RIBEIRO
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