Coletivos criativos se consolidam como modelo de empreendedorismo coletivo nas periferias e centros urbanos
Coletivos artísticos e de comunicação se destacam em Belo Horizonte
PATRICK BRYAN FERREIRA NASCIMENTO BACKSTAGE ASSESSORIA
25/06/2025 08h58 - Atualizado há 11 horas
Igor Henrique - fundador do Conexões Artísticas
A efervescência criativa das grandes cidades brasileiras têm encontrado uma nova forma de se organizar e resistir: os coletivos. Formados por artistas, comunicadores, empreendedores culturais, desenvolvedores e produtores de conteúdo, esses grupos têm adotado o empreendedorismo coletivo como estratégia de trabalho, geração de renda e transformação social.
Segundo mapeamento do Observatório da Economia Criativa da Bahia, os setores criativos empregam mais de 7,4 milhões de pessoas no Brasil, número que tende a crescer com a atuação de coletivos voltados para comunicação digital, audiovisual, startups de impacto social, cultura urbana e arte independente.
São iniciativas que atuam de forma colaborativa, compartilhando espaços, equipamentos, redes de apoio e conhecimento para viabilizar projetos em áreas como design, jornalismo independente, games, música, moda e produção de eventos. “A lógica dos coletivos é criar junto, dividir responsabilidades e multiplicar resultados. Não se trata só de empreender, mas de criar um ecossistema onde todos se fortalecem”, afirma Igor Henrique, publicitário, investidor de negócios e fundador do ecossistema Conexões Artísticas. Como o próprio nome diz, conecta artistas para troca de ideias, divulgação de trabalhos e fortalecimento artístico em Belo Horizonte. O movimento já possui mais de 400 membros.
Boa parte desses coletivos surge em resposta à falta de acesso a financiamento, visibilidade e infraestrutura para artistas e criadores que não se encaixam nas estruturas tradicionais do mercado. Ao invés de seguir modelos competitivos e hierarquizados, eles apostam em redes horizontais e no uso de plataformas digitais para divulgação, financiamento colaborativo e comercialização de serviços.
De acordo com dados do Ministério da Cultura, o fomento à economia criativa e aos coletivos culturais é uma das frentes prioritárias de investimento até 2026, com foco em inovação, sustentabilidade e inclusão produtiva. Editais públicos, como o Fomento à Cultura Digital e Periférica, têm garantido recursos para iniciativas de base comunitária que atuam com impacto cultural e social.
Em um cenário onde a criatividade é cada vez mais valorizada como ativo econômico, os coletivos se colocam como protagonistas de um novo modo de empreender: mais colaborativo, descentralizado e conectado com os territórios e realidades sociais.
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