Inteligência Artificial ganha espaço em ensaios fotográficos e reportagens fictícias: tecnologia avança e desafia os limites entre arte e realidade

Usuários de IA têm feito ensaios fotográficos, vídeos realistas e até psicoterapia com IA

PATRICK BRYAN FERREIRA NASCIMENTO BACKSTAGE ASSESSORIA
26/06/2025 08h56 - Atualizado há 6 horas
Inteligência Artificial ganha espaço em ensaios fotográficos e reportagens fictícias: tecnologia avança e
Reprodução X
A inteligência artificial (IA) tem deixado de ser apenas uma ferramenta técnica para se tornar parte integrante de processos criativos em diversas áreas, incluindo o audiovisual, a fotografia e o jornalismo experimental. Em Belo Horizonte, artistas visuais, comunicadores e produtores de conteúdo vêm incorporando recursos de IA para gerar ensaios fotográficos hiper-realistas, vídeos com apresentadores virtuais e até reportagens simuladas que exploram ficções especulativas.

De acordo com um levantamento da Statista (uma plataforma online que fornece acesso a um vasto banco de dados com estatísticas e informações sobre diversos setores), o mercado global de IA aplicada à mídia e entretenimento deve ultrapassar US$ 99 bilhões até 2030, impulsionado pelo crescimento de ferramentas como Runway ML, D-ID, Sora e Midjourney. No Brasil, a popularização desses recursos já é perceptível em coletivos de arte digital e núcleos experimentais de comunicação.

“A IA não substitui a criatividade humana, mas amplia o alcance da imaginação. Quando bem orientada, ela se torna uma aliada para criar narrativas visuais potentes, que rompem com padrões normativos e nos ajudam a imaginar outros futuros possíveis”, afirma o desenvolvedor especialista em IA, Caio Arimura. 

Além do campo artístico, produtoras independentes e jornalistas têm experimentado o uso de IA para criar vídeos com repórteres virtuais, simulações de entrevistas e conteúdos para redes sociais. Em alguns vídeos simulam coberturas fictícias sobre situações futuras ou paralelas (como BH em 2080 ou a cobertura de um festival LGBTQIAPN+ em Marte), combinando roteiro, avatar gerado por IA e inteligência de voz para gerar reportagens realistas.

O uso dessa tecnologia, no entanto, ainda levanta questões éticas importantes, sobretudo quanto à transparência e à autoria das criações. Em resposta, muitas iniciativas adotam políticas de crédito explícito ao uso de IA e criam espaços educativos sobre seu funcionamento.

A tendência aponta para a consolidação da inteligência artificial como linguagem estética e ferramenta de produção cultural. Em um contexto de alta conectividade e multiplicação de plataformas, ela oferece novas formas de contar histórias — e também de provocar o olhar crítico do público sobre o que é real, possível ou imaginado.

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