Solteiros sofrem mais com depressão, ansiedade e estresse do que pessoas que estão em um relacionamento, revela estudo

Pesquisa aponta que ausência de vínculos afetivos duradouros e conexões humanas pode aumentar a vulnerabilidade emocional

Julia Mascarenhas
26/06/2025 09h30 - Atualizado há 11 horas
Solteiros sofrem mais com depressão, ansiedade e estresse do que pessoas que estão em um relacionamento,
Divulgação
 

Estudo conduzido pela Telavita, empresa pioneira em soluções digitais de psicologia e psiquiatria no Brasil, revelou que um em cada cinco solteiros apresenta sintomas de depressão muito grave, enquanto pessoas casadas demonstram os melhores índices de equilíbrio emocional.

A pesquisa utilizou o questionário DASS-21 (Depression, Anxiety and Stress Scale), instrumento internacionalmente validado para medir níveis de depressão, ansiedade e estresse, e separou os pacientes em quatro estados civil: Casado(a) ou coabitando, namorando (sem coabitação), Separado(a)/Divorciado(a) ou viúvo(a), Solteiro(a).

Em relação à ansiedade, 62% dos casados relataram níveis dentro da normalidade, ao passo que apenas 48% dos solteiros apresentaram os mesmos níveis. Já no quesito estresse, o cenário também é mais crítico entre os solteiros: 44% relataram níveis moderados, graves e muito graves, comparado com apenas 26% dos casados.

Para Aline Silva, psicóloga e diretora clínica da Telavita, os dados reforçam a importância dos vínculos humanos para o bem-estar emocional. “A ausência de vínculos afetivos duradouros pode aumentar a vulnerabilidade emocional, especialmente em momentos de solidão não escolhida. O amor não é um remédio, mas relações saudáveis funcionam como fator de proteção para a saúde mental”, explica a especialista.

Outro dado relevante mostra que pessoas sem filhos relataram mais sofrimento emocional em todas as dimensões avaliadas (depressão, ansiedade e estresse), indicando que a presença de crianças, por mais que aumentem as demandas, pode funcionar como um elemento de vínculo emocional e senso de propósito.

Para a psicóloga, os dados também trazem uma reflexão crítica sobre o por que a felicidade ainda está tão associada à presença de um par ou de filhos. “Vivemos em uma época em que se valoriza a independência emocional, o autocuidado e as relações mais conscientes. Ainda assim, culturalmente, parece desafiador reconhecer a felicidade como algo possível na solitude. Será que continuamos presos a expectativas sociais que reforçam esse modelo tradicional de realização? Talvez estejamos apenas começando a amadurecer outras formas de viver — e ser feliz — que não dependem exclusivamente da companhia de alguém ou da parentalidade”, conclui Aline.


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Louise Barbosa Favaro
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