Os exportadores brasileiros estão enfrentando um novo desafio no mercado internacional: uma taxação de até 50% imposta pelos Estados Unidos sobre determinados produtos de origem brasileira. A medida, anunciada recentemente, tem gerado preocupações no setor produtivo nacional e levantado debates sobre os rumos da política comercial entre os dois países.
Segundo Cristiane Fais, CEO da Accrom Consultoria em Logística Internacional, a medida pode parecer, a princípio, um golpe duro para os exportadores, mas também abre espaço estratégico para reavaliação das rotas comerciais e negociações bilaterais.
“Essa taxação de 50% afeta diretamente a competitividade do produto brasileiro no mercado norte-americano. Para muitos setores, como o têxtil, metalúrgico e alimentício, isso pode significar perda de contratos e redirecionamento de estoques. No entanto, é também uma oportunidade de repensar a cadeia logística, explorar novos mercados e até reformular a abordagem comercial com os próprios EUA”, afirma Fais.
A nova tarifa representa um aumento significativo nos custos para empresas brasileiras que têm os Estados Unidos como destino principal de suas exportações. Os impactos mais visíveis incluem:
Apesar do cenário desafiador, Cristiane Fais destaca que há alternativas estratégicas para mitigar os prejuízos:
A decisão americana ainda está sendo debatida politicamente, e entidades do comércio exterior brasileiro já se mobilizam para buscar negociação ou contestação via Organização Mundial do Comércio (OMC). Enquanto isso, empresas precisam agir com rapidez e inteligência estratégica.
“O empresário que agir agora, com planejamento e visão global, poderá sair fortalecido dessa crise. A logística internacional não é apenas transporte, é inteligência comercial”, conclui Cristiane Fais.