Casa própria ou aluguel: como decidir

Estratégias para diferentes perfis financeiros devem ser analisadas, visando o impacto da decisão no planejamento de longo prazo

PATRICK BRYAN FERREIRA NASCIMENTO BACKSTAGE ASSESSORIA
14/08/2025 13h42 - Atualizado há 10 horas
Casa própria ou aluguel: como decidir
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O sonho da casa própria ainda faz parte da realidade de milhões de brasileiros, mas diante das transformações econômicas, sociais e até culturais, muitos têm repensado esse desejo. Morar de aluguel, antes considerado uma escolha provisória, vem sendo visto como alternativa inteligente por quem busca flexibilidade, mobilidade urbana e planejamento financeiro mais estratégico.

Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE, 17,3% das famílias brasileiras vivem de aluguel — e o índice chega a 24,8% em Belo Horizonte, uma das capitais com maior crescimento proporcional nos últimos anos. Por outro lado, mais da metade dos domicílios brasileiros (66%) são próprios, quitados ou ainda em financiamento.

Diante desse cenário, o consultor financeiro CFP® Guto Moizés afirma que a decisão deve ser feita com base em análise de perfil e metas pessoais.  “Não existe uma resposta certa para todo mundo. A casa própria pode representar segurança emocional e estabilidade, mas também exige alto comprometimento financeiro, especialmente com entrada, taxas e manutenção. Já o aluguel, quando bem negociado, permite mais liquidez e liberdade para investir o dinheiro que seria usado na compra”, analisa.

Guto ressalta que o ideal é considerar fatores como estabilidade no emprego, perspectivas de mudança de cidade, formação de família e renda disponível.  “Uma pessoa jovem, em início de carreira, pode se beneficiar mais do aluguel e de investimentos paralelos. Já famílias com filhos pequenos ou idosos em casa tendem a valorizar mais a segurança de um imóvel próprio”, afirma o consultor.

Outro ponto importante é o custo de oportunidade. Um levantamento da FipeZap mostra que, em algumas regiões de BH, como a Savassi e a região Centro-Sul, o valor do aluguel mensal equivale a cerca de 0,3% do valor do imóvel ou seja, seria necessário mais de 27 anos de aluguel para atingir o preço de compra. Isso pode tornar o aluguel mais vantajoso, principalmente se os valores forem investidos em aplicações com retorno acima da inflação.

Guto Moizés reforça que o planejamento financeiro é o melhor caminho. “Mais importante que comprar ou alugar é entender seus objetivos. Muitas vezes, a pressa em comprar pode levar a dívidas que comprometem a saúde financeira por décadas. Planejar, simular cenários e conversar com um consultor são passos fundamentais para tomar uma decisão consciente”, finaliza.

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