09/11/2022 às 11h00min - Atualizada em 09/11/2022 às 11h00min

65% dos brasileiros em acompanhamento psicológico se consideram ansiosos. Em 2021, o percentual era de apenas 25%

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O formato de trabalho é outra variável que tem afetado negativamente a saúde emocional de 32% dos entrevistados, sendo que 50% estão no modelo totalmente presencial, 29% no híbrido e 21% no remoto

Após dois anos e meio de pandemia, 40% dos brasileiros em acompanhamento psicológico percebeu que teve prejuízo em sua qualidade de vida no período, e 65% consideram que tiveram aumento ou surgimento de ansiedade em 2022, contra 25% em 2021. É o que aponta o levantamento da Conexa, maior player de saúde digital da América Latina, que entrevistou 1.818 pessoas que fazem acompanhamento psicológico em sua plataforma de saúde mental, Psicologia Viva, entre agosto e setembro de 2022. O formato de trabalho tem afetado a saúde emocional de 32% dos entrevistados, sendo que 50% desse total está no modelo totalmente presencial, 29% no híbrido e 21% no remoto. 

A procura por serviços de telemedicina e telepsicologia na Conexa cresceu exponencialmente no período, passando de 84 mil atendimentos em 2020 para cerca de 217 mil em 2022. De acordo com o levantamento, 99% dos entrevistados acreditam que ações e programas voltados para cuidar da saúde mental e do bem-estar no trabalho são importantes e, 81% afirmam que a psicoterapia ajudou ou está ajudando a lidar melhor com esse momento crítico. Entretanto, a caminhada ainda é longa, já que de acordo com a pesquisa apenas 67% dos entrevistados afirmam que a empresa em que trabalham ofertou suporte durante a pandemia. Dos 33% que responderam que não tiveram apoio, 22% considera que a falta de ação da empresa fez com que se sentissem desamparados pelo empregador e pelas lideranças.  

De acordo com Luciene Bandeira, psicóloga e diretora de saúde mental da Conexa, o estudo demonstra o que é percebido na prática: o cuidado com o bem-estar e a saúde mental dos colaboradores é, hoje, a principal dor das empresas. O tema foi escancarado com a pandemia e entrou na pauta da alta liderança e dos conselhos, já que as questões sociais e de saúde dos colaboradores impactam a agenda ESG (Environmental, social and Governance), a produtividade e os resultados das organizações. “Desconstruir modelos de liderança hierárquicos de comando e controle e estabelecer relacionamentos colaborativos, com lideranças mais sensibilizadas com o bem-estar de seus times, é essencial. Escuta ativa e segurança psicológica precisam estar alinhadas com a cultura de acolhimento, potencializando as fortalezas dos colaboradores e tornando o ambiente de trabalho agradável, saudável e motivador”, explica.


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