Roubo e furto de automóveis caem 16,3%, no Estado de São Paulo e estudo revela quais são os seminovos mais visados

Fiat Mobi, Fiat Argo, Renault Kwid, Hyundai HB20 e Fiat Strada Volcano foram os modelos seminovos mais visados pelos criminosos, entre janeiro e abril

DOC Press Comunicação
03/07/2025 15h15 - Atualizado há 12 horas
Roubo e furto de automóveis caem 16,3%, no Estado de São Paulo e estudo revela quais são os seminovos mais
Grupo Tracker
O Estado de São Paulo registrou uma queda de 16,3% nos roubos e furtos de automóveis, no primeiro quadrimestre de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. Os dados estão no Boletim Econômico Tracker-Fecap, que acaba de ser tabulado. Foram 16.153 ocorrências entre janeiro e abril. A maior queda foi observada nos roubos, com redução de 40,9%. Já os furtos caíram 12,1.
            Os veículos seminovos – que têm até seis anos de uso – representam 26,7% do total de boletins de ocorrência na categoria automóveis. No Estado de São Paulo, a queda nas ocorrências especificamente de carros fabricados de 2019 para cá foi 17,3%. E na capital esse percentual sobe para 28,6%.

A maioria dos bairros que figura entre os mais afetados registrou queda ou estabilidade. “Destaque para Ipiranga, que teve uma redução superior a 48% nas ocorrências totais, e para Penha, com retração de mais de 30%. Já Vila Mariana e Vila Prudente caminharam na contramão da tendência, apresentando crescimento modesto nas ocorrências, o que pode indicar deslocamento de focos de vulnerabilidade ou até mudanças na atuação dos criminosos.
O pesquisador da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) responsável pelo estudo, Erivaldo Vieira, destaca o revezamento de bairros no ranking. “Enquanto tradicionais ‘campeões’ como Itaquera, Vila Formosa e Ipiranga saíram das primeiras posições, regiões como Perdizes e Carrão passaram a ocupar o TOP 10 de 2025. Essa dinâmica reforça a importância do monitoramento contínuo e da rápida adaptação das estratégias policiais e de prevenção”, afirma.

Modelos mais visados

O FIAT/MOBI LIKE e o FIAT/ARGO DRIVE 1.0 permanecem no topo do ranking, mas com redução de 16,2% e 23,8%, respectivamente. Outros modelos da Fiat, como ARGO 1.0, ARGO TREKKING 1.3, STRADA VOLCANO e CRONOS DRIVE 1.3, também registraram quedas expressivas, consolidando uma tendência de recuo nas ocorrências envolvendo veículos da marca.
Por outro lado, houve crescimento de eventos em modelos da Hyundai. O HB20 10M SENSE teve aumento de 22,4%, o HB20 10M COMFORT subiu 16,1% e o HB20 10M VISION manteve estabilidade, mas com alta relevante em modelos específicos.
“Outro destaque é o avanço de modelos que antes não figuravam entre os mais roubados/furtados, como o VW/POLO TRACK MA e VW/SAVEIRO CS RB MF, ambos já entre os vinte listados em 2025”, complementa a análise o pesquisador.

Locais das Ocorrências:
A via pública é o principal cenário dessas ocorrências. “Dos 4.309 registros contabilizados, 3.833 (quase 89%) aconteceram nas ruas, avenidas e espaços públicos abertos, reafirmando o alto risco para proprietários que estacionam ou circulam fora de ambientes controlados”, destaca o gerente de Comando e Monitoramento do Grupo Tracker, Vitor Corrêa.
O segundo local mais vulnerável são os estacionamentos e garagens, responsáveis por 183 ocorrências. “Este é um volume considerável, sobretudo quando se considera a suposta sensação de segurança desses locais”, observa Vitor Correa.
Na sequência, aparecem estabelecimentos de comércio e serviços (101 ocorrências), residências (62) e uma série de lugares com menor representatividade, como centros empresariais, rodovias, shopping centers e até mesmo áreas rurais.
“Os números evidenciam que, apesar dos avanços na segurança e da redução geral dos casos, a rua continua sendo o palco preferencial do crime, tornando fundamental o investimento em monitoramento urbano, tecnologia e policiamento ostensivo para garantir a tranquilidade dos proprietários de veículos seminovos em todo o Estado”, conclui Erivaldo Vieira.
O especialista do Grupo Tracker alerta para a importância de os proprietários de veículos não comprarem peças em comércios ilegais. “A escassez e o alto custo de peças automotivas novas contribuem diretamente para o crescimento dos roubos e furtos. A sociedade pode contribuir e só comprar peças com nota fiscal”, finaliza Vitor Correa.

 

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VANESSA BRAUER
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