Mães atípicas terão atendimento prioritário em Santo André com novo projeto de lei

Proposta do vereador Lucas Zacarias (PL) garante acolhimento psicossocial e proteção para mães que se dedicam integralmente ao cuidado de filhos com autismo

ANANDA SOUZA
05/06/2025 17h24 - Atualizado há 16 horas
Mães atípicas terão atendimento prioritário em Santo André com novo projeto de lei
pixabay - divulgação

No mês em que se celebra o Dia Mundial do Orgulho Autista, em 18 de junho, um novo projeto apresentado na Câmara Municipal de Santo André busca dar visibilidade a uma realidade muitas vezes invisível: o esgotamento físico e emocional das mães que dedicam-se integralmente ao cuidado de filhos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

De autoria do vereador Lucas Zacarias (PL), o projeto de lei que garante prioridade de atendimento a mães de crianças com autismo propõe que essas mães tenham acesso prioritário a serviços públicos de saúde mental, assistência social e segurança, com atendimentos humanizados e integrados à rede de proteção do município. 

“Essas mães enfrentam uma rotina intensa, emocionalmente exaustiva e muitas vezes invisibilizada pelo poder público. É nosso dever reconhecer essa carga e oferecer apoio real, concreto e contínuo”, afirma o vereador Lucas Zacarias. 

A proposta prevê atendimento presencial ou remoto — por videoconferência — quando o grau de dependência da criança impedir o deslocamento da mãe. Também inclui atendimento psicossocial específico para vítimas de violência, com acompanhamento em grupos terapêuticos. 

As secretarias de Saúde, Segurança Cidadã e Assistência Social atuarão de forma articulada para garantir o cumprimento da medida, em parceria com conselhos tutelares, Ministério Público e Defensoria Pública. 

“Cuidar de quem cuida é um passo essencial para que as políticas públicas sejam realmente eficazes e humanas. Não basta garantir acesso ao diagnóstico ou ao tratamento da criança — é preciso olhar também para quem está ao lado dela todos os dias”, completa o parlamentar. 

O projeto deve ser regulamentado pelo Executivo em até 60 dias após a aprovação. Como utiliza estruturas já existentes, não prevê impacto orçamentário relevante. 

A matéria segue para análise nas comissões da Câmara e pode entrar em pauta nas próximas sessões. 


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ANANDA SOUZA DA COSTA
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